Equipe de Lula prevê ausência de Bolsonaro na posse e analisa falta de recursos para a segurança

Cerimônia de posse do presidente eleito ocorrerá no dia 1º de janeiro

10:42 | Nov. 28, 2022

Por: Taynara Lima
O presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) (foto: CARLOS COSTA / AFP)

A equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja a posse presidencial, que ocorrerá no dia 1º de janeiro, contando com a ausência de Jair Bolsonaro (PL) na cerimônia. O grupo ainda avalia que faltam recursos para garantir a segurança no dia do evento.

Pelo isolamento de Bolsonaro após a vitória do petista e a possibilidade do atual presidente viajar para não passar a faixa a Lula, a ausência do mandatário na cerimônia de posse é levada em conta no planejamento. Além da recusa de Bolsonaro, o vice-presidente Hamilton Mourão também rejeitou assumir a entrega do item

A passagem da faixa presidencial não é considerada obrigatória para que um presidente tome posse, carregando apenas valor simbólico. Porém, o gesto representa um ato tradicional de transição da democracia brasileira.

Por isso, a equipe de planejamento da posse, coordenada pela futura primeira-dama Rosângela Silva, ou Janja, analisa outras estratégias para a entrega da faixa. 

Com a presença de apoiadores, autoridades e chefes de Estados de outros países, uma questão também analisada pelo grupo é a segurança no dia do evento. A preocupação vem em meio à falta de verbas para os serviços da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), como a emissão de passaportes. 

Segundo o senador eleito Flávio Dino (PSB), seria necessário cerca de R$ 200 milhões para garantir a continuidade dos serviços previstos somente para o fim deste ano.  

Também há uma preocupação com ameaças de manifestações de grupos bolsonaristas na capital do país.

De acordo com informações da Folha, uma das possibilidades é mobilizar policiais federais que estão concluindo curso de formação na academia da corporação em Brasília. 

Além do tradicional desfile, a equipe planeja a realização de shows de artistas que apoiaram o petista durante a campanha de eleição.

A cerimônia, prevista para acontecer no período da tarde, terá momentos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e no Itamaraty.