Querido pela torcida, Richarlison também é engajado e ativo politicamente

Além da atuação nos gramados, o camisa 9 da Seleção se destaca por suas manifestações políticas

O atacante Richarlison, também conhecido como "Pombo", foi o autor dos dois gols da estreia do Brasil na Copa do Mundo 2022 nesta quinta-feira, 24. Com o desempenho no jogo, o nome do jogador foi um dos mais comentados nas redes sociais. Fora das quatro linhas, o camisa 9 também chama atenção por ser um dos jogadores mais politizados da seleção brasileira.

Entre temas como racismo, vacinação e incêndios no Pantanal, o jogador já utilizou a voz para se manifestar sobre várias discussões sociais. 

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Combate à pandemia

Em 2021, Richarlison apoiou ações e conscientizou as pessoas sobre a importância da vacinação. 

O atacante do Tottenham publicou um texto no site The Players Tribune em que fez um apelo para que a população se vacinasse contra a Covid-19. O jogador afirmou que, como pessoa pública, se considera na obrigação de compartilhar dados confiáveis.

"Não tenho dúvida de que a vacina é confiável. Mas vejo que ainda tem gente com pé atrás, até mesmo alguns atletas. Uma pessoa que não se vacina pode afetar o grupo de jogadores e o clube no geral. E isso vale para qualquer área ou profissão”, escreveu

Richarlison foi o primeiro embaixador do programa USP Vida da Universidade de São Paulo (USP), que desenvolveu pesquisas e ações para o combate do novo coronavírus. O jogador também leiloou a chuteira que usou na semifinal da Copa América e o valor arrecadado foi direcionado ao programa.

No início da pandemia, o capixaba também fez uma doação de 500 cestas básicas para os moradores de áreas carentes de Nova Venécia, cidade natal do atacante.

Luta contra o racismo

O posicionamento ativo de Richarlison sobre questões sociais não é recente. O atleta também é engajado na luta de combate ao racismo. 

Em 2020, o jogador protestou após as mortes de George Floyd, que foi asfixiado por policiais brancos em uma abordagem violenta nos Estados Unidos, e do menino João Pedro, de 14 anos, que morreu durante operação da polícia no Rio de Janeiro.

No mesmo ano, o atacante também se mostrou indignado com o assassinato de João Alberto Siqueira de Freitas, espancado por dois seguranças em um supermercado. 

"Parece que a gente não tem saída... Nem no dia da Consciência Negra. Aliás, que consciência? Mataram um homem negro espancado na frente das câmeras. Bateram e filmaram. A violência e o ódio perderam de vez o pudor e a vergonha. George Floyd, João Pedro, Evaldo Santos foram em vão?", escreveu nas redes sociais.

Queimadas no Pantanal

Richarlison utilizou a sua visibilidade para chamar atenção para a questão das queimadas no Pantanal. Em visita à região, o atacante também adotou uma onça, chamada "Acerola", que está sob os cuidados da organização Onçafari.

"Eu tento mobilizar quem me segue, mostrando o que está acontecendo e cobrando de quem é a responsabilidade por essas situações", afirmou em entrevista ao Ecoa.

Camisa da seleção

Nos últimos anos, a camisa da seleção brasileira, principalmente a de cor amarela, tem sido vista como um símbolo de nacionalismo e é bastante utilizada por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em setembro, após partida entre Tottenham e Sporting, Richarlison afirmou que a transformação do item em símbolo político gera uma perda de identidade da camisa e da bandeira brasileira.

"Acho importante que eu, como jogador, torcedor e brasileiro, tente levar essa identificação para todo o mundo. É importante reconhecer que a gente é brasileiro, tem sangue brasileiro e levar isso para o mundo", declarou.

Catar e violação dos direitos humanos

A escolha do Catar como país sede da Copa do Mundo deste ano ficou marcada por acusações de violações ao direitos humanos e de preconceito contra a comunidade LGBTQIAP+, levantando debates e protestos, inclusive por parte de jogadores que estão participando da competição.

Quando perguntado sobre o assunto em uma coletiva de imprensa, Richarlison afirmou que apoiaria qualquer movimento.

"Independentemente de qualquer coisa, temos que respeitar. Não sei o que vão fazer aqui, se vão entrar com faixa, mas eu apoio qualquer ato. Vivemos num mundo perigoso, onde não podemos ter opiniões. Seja contra o racismo ou a favor do movimento LGBTQIAP+. Eu apoio qualquer movimento", disse.


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