Girão e outros senadores pedem impeachment do ministro Roberto Barroso
Senadores alegam que o ministro teria cometido graves infrações à Lei Orgânica da MagistraturaOs senadores Lasier Martins (Podemos-RS), Eduardo Girão (Podemos-CE), Plínio Valério (PSDB-AM), Styvenson Valetim (Podemos-RN), Luís Carlos Heinze (PP-RS) e Carlos Viana (PL-MG) apresentaram, nesta quarta-feira, 23, pedido de impeachment do ministro Luis Roberto Barroso.
Em coletiva de imprensa, Girão declarou que um dos argumentos para a decisão seria a "atitude do ministro com a atividade político partidária". De acordo com o senador, Barroso se reuniu com lideranças partidárias antes da votação da PEC sobre o voto impresso, o que seria interferência direta no processo. "Coincidentemente, após reunião, deputados que eram a favor do voto auditável foram substituídos por deputados que eram contra o voto auditável".
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Outra justificativa é a de que o ministro não se declarou suspeito quando fez palestras sobre legalização das drogas e do aborto no Brasil.
"Pela Lei Orgânica da Magistratura Nacional, pelo Código de Ética da Magistratura Nacional, pelo Código de Processo Civil e pela Constituição, ele tinha que se declarar suspeito, pois chegou a votar na legalização da maconha, do porte de drogas no Brasil. Como ele fez palestra como militante da causa, defendendo isso, isso dá conflito de interesse flagrante".
Como último ponto, o senador apontou que o jantar entre Luís Roberto Barroso e Cristiano Zanin, advogado do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "não foi de bom tom".
"Aquela imagem foi muito forte para o cidadão de bem brasileiro, porque o ministro Luís Roberto Barroso votou na anulação dos processos do ex-presidente Lula na 13ª Vara de Curitiba, ou seja, ele ajudou a anular as condenações que permitiram que ele se candidatasse nessas eleições".
Eduardo Girão ainda citou o episódio em que o ministro, que estava em Nova York para uma conferência, respondeu "perdeu, mané" para os questionamentos de um manifestante bolsonarista sobre o resultado das eleições presidenciais deste ano. Girão considerou o acontecimento como desrespeitoso ao povo brasileiro.
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