Bolsonaro volta ao Palácio do Planalto após 20 dias de reclusão
O presidente derrotado nas urnas vinha adotando o silêncio e a ausência nas atividades de trabalho desde o dia 30 de outubroO presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao Palácio do Planalto nesta quarta-feira, 23, após 20 dias de reclusão no Palácio da Alvorada, residência oficial do chefe do Planalto. O mandatária esteve no Palácio do Planalto no dia 3 de novembro, para um encontro com o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).
Antes, Bolsonaro havia ido ao local de trabalho para reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, no dia 31 de outubro. A ausência acontece após o presidente sair derrotado nas urnas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito no segundo turno das eleições presidenciais. Ele adotou o silêncio e fez apenas dois pronunciamentos depois da vitória petista.
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A derrota nas eleições estimulou uma série de manifestações de caráter golpista feita por apoiadores do presidente. Em Fortaleza, por exemplo, pessoas ainda se concentram em frente ao Comando da 10ª Região Militar, em Fortaleza.
O candidato à vice-Presidência na chapa de Bolsonaro, Walter Braga Netto (PL), e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) defendem que a reclusão presidencial deve-se ao diagnóstico de erisipela, uma infecção na perna. A enfermidade tem feito o chefe do Planalto evitar alguns compromissos oficiais.
O retorno do presidente acontece um dia após o PL apresentar uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para pedir a anulação dos votos de parte das urnas nas eleições. A sigla defendeu ter detectado “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento” em cinco modelos urnas. O TSE nega qualquer irregularidade e presidente da Corte, Alexandre de Moraes, deu 24 horas para que o PL inclua no pedido os dois turnos das eleições.