Elmano quer procurar PDT só após partido decidir se quer dialogar

Elmano já deixou público o desejo que a bancada do PDT fosse apoio de seu governo

O apoio da bancada do PDT ao governo de Elmano de Freitas (PT) ainda é incerto. O governador eleito reforça que deseja o apoio pedetista, mas, antes de convidar o partido a apoiá-lo, espera uma posição oficial do partido sobre se quer sentar para conversar.

O PDT criou uma comissão para decidir que posição terá no Ceará. O presidente estadual pedetista, André Figueiredo, disse, todavia, que espera uma sinalização de Elmano para iniciar as discussões. Em entrevista nesta terça-feira, 22, ao Jogo Político, Elmano afirmou que pretende, sim, procurar o PDT. Mas, considera que antes, por respeito à sigla, os pedetistas devem tomar a posição se querem ou não dialogar. Elmano diz que adota essa postura em respeito ao PDT.

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"Eu primeiro preciso saber se o PDT quer participar do governo. Eu sei que tem duas posição públicas claras, uma mais falada e a outra não. Eu sei que tem gente do PDT defendendo que o PDT seja até oposição. Eu não posso ser desrespeitoso. Eu tenho de respeitar o PDT no seu todo", ressaltou  o governador eleito. Elmano considera que há um problema da disputa eleitoral que precisa ser superada pelos pedetistas.

Poucos dias após o primeiro turno, quando foi eleito, Elmano deixou público o desejo que a bancada do PDT fosse apoio de seu governo, mas tem encontrado barreiras de algumas alas do partido.

O petista lembrou, no Jogo Político, os 16 anos de aliança entre as legendas no Ceará desde a gestão de Cid Gomes (PDT), seguida também no governo de Camilo Santana (PT). Segundo ele, a retomada do apoio seria coerente: "PDT continuar defendendo o projeto que eles deram início e que agora o protagonismo é de um governador do PT".

O que falta, de acordo com o futuro gestor, é que a legenda decida internamente qual será o posicionamento, antes de ele sente oficialmente com o partido. "Agora, eu chegar ao PDT e dizer 'quer participar do governo?' e o PDT na reunião dizer que não quer ir, aí não. Eu preciso ter uma decisão do PDT. E pelo que eu sei tem uma discussão do diretório, porque é primeiro uma decisão política, não é administrativa".

O racha entre PDT e PT começou quando o PDT decidiu lançar Roberto Cláudio candidato a governador, e não apoiar a reeleição de Izolda Cela. O ex-governador Camilo Santana (PT) articulou, então, o lançamento da candidatura de Elmano. Para o diálogo, segundo o governador eleito, é necessário que o problema seja "superado".

"Tivemos candidatos diferentes, com posicionamentos diferentes em algumas questões e que isso gerou uma dificuldade de relacionamento. Se o PDT decide que isso não é problema e está superado, passou a eleição, evidentemente eu vou sentar com o PDT, o meu posicionamento já é claro", pontuou.

O gestor disse que esteve reunido com a bancada pedetista da Assembleia Legislativa (AL-CE) e com parte da bancada federal, de quem percebeu o "sentimento de participação". No entanto, isso não é consenso entre todos os parlamentares do partido. "Não dá para fazer de conta que não tem gente contra e passar por cima com o trator".

Desde o período eleitoral, membros do PDT se dividem entre diferentes posicionamento, com alguns parlamentares inclusive trocando acusações públicas. O deputado federal e presidente do PDT no Ceará, André Figueiredo, afirmou, em ato pró-Lula, que "o povo cearense" não quis o PDT no governo e sim "em uma situação de oposição", em relação ao governo do Ceará. "Apenas externo a minha minha posição pessoal de que o povo cearense não nos quis no governo, o povo cearense nos quis em uma situação de oposição", disse.

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