Câmara: Leo Couto diz que retirada de candidatura visou retomar unidade entre PT e PDT 

Após recentes articulações e diálogo com lideranças politicas, vereadores da Câmara Municipal avaliam um clima de pacificação em torno da eleição à presidência da Casa, marcada para o dia 1º de dezembro

O vereador Leo Couto (PSB) afirmou que a retirada da candidatura à Presidência da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) visou a retomada de uma unidade entre PT e PDT na Casa, tensionada após as eleições estaduais. A decisão abriu caminho para a provável eleição de Gardel Rolim (PDT), líder do prefeito José Sarto (PDT) na Casa, que disputa agora com chapa única. 

Leo Couto apoiou Elmano de Freitas (PT) nas eleições ao governo, mesmo com o partido orientado voto em Roberto Cláudio (PDT), decisão que custou sua destituição da presidência do PSB em Fortaleza. O vice-lider de Sarto na Casa lançou sua candidatura à Presidência da CMFor logo após vitória do PT ao Palácio da Abolição, em torno das articulações do futuro governo. No entanto, o PDT já vinha trabalhando para a eleição de Gardel para 2023.

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Em iminente disputa dentro do Poder Legislativo municipal entre petistas e pedetistas, Couto se reuniu com aliados, entre eles o senador Cid Gomes (PDT), o senador eleito Camilo Santana (PT) e Elmano de Freitas para mediar a questão. Segundo o vereador, a reunião debateu sua saída da disputa em nome da preservação de uma unidade entre PT e PDT na Casa. 

"Mediante de todo o tensionamento que houve nas eleições de Governo do Estado eu me posicionei diferente do meu partido, não poderia me posicionar diferente, então, conversamos, conversei, claro que conversei com o Camilo, conversei com o Elmano, bastante com o senador Cid Gomes e o momento agora era de recuar, de a gente tentar fazer essa essa unidade PT e PDT. Então, o pedido do senador Cid Gomes eu retirei na candidatura", confirmou o vereador.

A decisão, segundo o parlamentar, não descarta uma posição crítica em relação a gestão Sarto. "Isso não quer dizer que eu concorde com todas as articulações que estão sendo feitas via Prefeitura. Vou ter uma postura mais independente. Então tudo que eu puder fazer para tentar transformar a vida das pessoas, melhorar a vida das pessoas, independentemente de governo e de prefeitura, eu vou tentar fazer", afirmou. 

Eleições Câmara Municipal

Os bastidores da Câmara Municipal revelam as intensas articulações dos vereadores de Fortaleza  para a presidência da Casa, agendada para o dia 1º de dezembro. Inicialmente, a disputa contava com dois nomes, Gardel Rolim (PDT), apoiando pela Prefeitura, e Leo Couto (PSB), nome de preferência do Governo estadual eleito. Após os recentes acordos, os parlamentares entraram em consenso sobre uma pacificação em torno do nome pedetista.

Para o presidente da Câmara, vereador Antônio Henrique (PDT), Gardel "preenche os requisitos" para assumir sua sucessão. "A gente espera que ele possa dar continuidade e avanço naquilo que a gente vem fazendo ao longos dos quatro anos, assim como os outros presidentes fizeram. Poderia ter outros candidatos, havia algum outro nome, mas que entendeu que era melhor fazer a retirada da sua candidatura", avaliou. 

O parlamentar descartou uma possível interferência de Sarto nas tratativas, após especulações entre os membros do Legislativo municipal. "Oito vereadores estiveram no gabinete do prefeito Sarto e lá a gente falou sobre sucessão da mesa diretora, tendo em visto que ele é do PDT também e ele deixou muito claro 'vocês vejam aí o nome que é melhor para a Câmara Municipal que terá se preciso for o nosso apoio. O nome foi escolhido dentro do PDT.

"Hoje o único candidato que está com nome posto é o vereador Gardel Rolim e eu tive essa alegria de prestar o meu apoio. Ele é uma pessoa extremamente agregadora, um líder, durante esse tempo tem contudo um elo de confiança com muitos vereadores, então está na hora de a gente colher esses bons frutos", destacou a vereadora de oposição, Priscila Costa (PL). 

O vereador Jorge Pinheiro (PSDB) considera haver uma pacificação em torno da disputa. "Diante de diversas conversas a gente foi vendo aí de fato muita gente foi aderindo a campanha do Gardel Rolim. Diante disso há um apaziguamento, portanto não vai haver disputa e com isso a gente vai ter uma eleição tranquila, projetou", destacou. O tucano também negou ter notado alguma interferência do Executivo.

"Todos os vereadores acharam e entenderam que é um momento de consenso. Tivemos uma política agora no primeiro e segundo turno muito polarizada e discutida dentro do nosso Estado e porque não a Câmara não dar exemplo de unidade e amadurecimento para que a gente possa trabalhar com o novo presidente". ressaltou o vereador Adail Júnior (PDT), 1º vice-presidência do Legislativo Municipal.

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