Advogado da família Bolsonaro dá apoio a atos antidemocráticos em Brasília
O advogado da família do presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, se manifestou favorável aos atos antidemocráticos que vêm sendo realizados pelo País. Em gravações que passaram a circular nas redes sociais, Wassef é mostrado em um acampamento no Distrito Federal defendendo o aumento das manifestações pelo Brasil. Além disso, também pediu que os grupos "se multipliquem e tragam mais pessoas".
Em uma das gravações, Wassef diz: "Eu sei que muitos estão reclamando, porque, olha, não apareceu ninguém, ninguém fala nada, e coisa e tal. Gente, isso vai muito além do que simplesmente uma eleição ou um presidente. Isso é uma semente que nasceu, o nosso herói Jair Bolsonaro foi quem começou no Brasil o despertar de uma consciência coletiva política de amor ao Brasil, à pátria, à bandeira."
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Direto, Wassef completa: "É pela nossa liberdade, pra combater o comunismo e o socialismo que já assolou toda a América Latina, causando miséria, pobreza e desgraça. É importante essa manifestação democrática, ordeira e pacífica, dentro da lei, para que possam mostrar aos comunistas e ao outro lado que o povo brasileiro não vai ceder à esquerda, nossa bandeira é verde e amarela e jamais será vermelha."
Em seus próprio stories no Instagram, Wassef postou um trecho de gravação em que diz que a acusação de que os atos são antidemocráticos "é uma mentira, uma farsa", que "na verdade todos (vocês) são vítimas de atos antidemocráticos, (vocês) são vítimas desse crime" e que se trata de "manifestação pacífica e democrática pra salvar o futuro do Brasil, porque a América Latina inteira caiu, é toda comunista".
Em outra gravação, ele pede que os manifestantes "continuem nessa manifestação pacífica, que continuem lutando além da questão da eleição, do presidente" e que "essa árvore que nasceu tem que continuar a dar frutos a vida toda". O advogado encerra com um pedido: "Vocês têm que aumentar, proliferar, crescer e se multiplicar."
Wassef chegou a concorrer a deputado federal pelo PL em Brasília, mas não se elegeu, somando apenas 3.628 votos. O advogado ganhou notoriedade ainda em 2020, quando escondeu o assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro (PL), Fabrício Queiroz, em seu sítio em Atibaia. Queiroz foi preso no local após permanecer foragido durante investigações envolvendo a prática de "rachadinhas" no gabinete do filho do presidente.