Barroso considera "perdeu, mané" reação "singela" diante de ataques bolsonaristas em NY

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram hostilizados em visita a Nova York realizada nesta semana

11:56 | Nov. 18, 2022

Por: Taynara Lima
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso (foto: José Cruz/Agência Brasil)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso afirmou que resposta a manifestante em Nova York foi uma reação “singela” diante da violência sofrida pelos magistrados.

Em viagem aos Estados Unidos para o evento Lide Conference Brazil, que ocorreu nesta semana, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que estavam no local foram hostilizados por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) durante vários momentos da viagem.

Em um dos episódios de intimidação, Barroso foi abordado por um manifestante com questionamentos: “O senhor vai responder às Forças Armadas? Vai deixar o código fonte ser exposto? O Brasil precisa dessa resposta ministro, com todo respeito”.

O ministro respondeu: “Perdeu, mané. Não amola”. A frase repercutiu na internet e foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais.

De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, Barroso citou os manifestantes como “selvagens” e considerou que a reação não se aproximou ao nível da violência sofrida pelos magistrados.

“Depois de três dias cercado e seguido por manifestantes selvagens, que gritavam palavrões, ofensas e ameaças de agressão, que tentaram quebrar os vidros da van em que estávamos e virá-la em plena 5ª Avenida em Nova York, que invadiram o telefone de minha filha com grosserias e ameaças, tive uma singela reação, nem de longe próxima ao nível de violências sofridas. É lamentável que algumas pessoas critiquem apenas a violência daqueles que não gostam, considerando legítima a selvageria de seus adeptos”, disse o ministro à colunista.

O ministro Gilmar Mendes e o ex-presidente Michel Temer, que também foram alvos dos ataques, aproveitaram o discurso na conferência para condenar a violência sofrida.