"Está com uma ferida na perna", diz Mourão sobre sumiço de Bolsonaro
Vice-presidente disse ainda que é "lógico" que o chefe do Executivo pretende voltar a despachar do PlanaltoA reclusão do presidente Jair Bolsonaro (PL) desde o resultado das eleições, há duas semanas, seria por uma ferida na perna que o impediria de vestir calças. A justificativa foi apresentada pelo vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) que substituiu Bolsonaro nesta quarta-feira, 16, em um evento com embaixadores em Brasília.
"É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?, disse Mourão ao jornal O Globo. O processo infeccioso já vinha sendo comentado nos bastidores do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, mas não havia sido confirmado por fontes oficiais.
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Quase todos os breves compromissos oficiais do chefe do Executivo aconteceram na residência, e não no Palácio do Planalto, onde fica o gabinete oficial do presidente. A agenda de Bolsonaro também foi esvaziada, totalizando sete dias sem compromissos oficiais.
Mourão disse ainda que não tem falado diretamente com Bolsonaro e recebeu um "recado" para que o substituísse no evento de hoje. O vice-presidente disse ainda que é "lógico" que o chefe do Executivo pretende voltar a despachar do Planalto.
O senador eleito ficou responsável por receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros que vão atuar no Brasil, tarefa tradicionalmente feita por Bolsonaro. A entrega das credenciais ao presidente é uma formalidade que aumenta as prerrogativas de atuação do diplomata no Brasil. Com a carta, o Governo brasileiro reconhece o embaixador como representante oficial no Brasil.