Partido de Bolsonaro vai pedir anulação das eleições ao TSE, diz site

Partido Liberal (PL) diz ter contratado autoria que identificou falhas no funcionamento de alguns modelos de urnas eletrônicas

O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, prepara uma ação judicial para pedir a anulação das eleições 2022 ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A petição, feita com base em auditorias contratadas pelo próprio partido, ainda não está pronta e será finalizada nos próximos dias. As informações são do portal O Antagonista.

No pedido a ser encaminhado ao TSE, o PL vai alegar que estudos técnicos apontaram falhas em alguns modelos de urnas eletrônicas fabricadas em 2009, 2011, 2013 e 2015. Segundo relatório de uma das auditorias, o suposto mau funcionamento dos equipamentos eletrônicos podem ter causado "interferência indevida nos percentuais de votação dos candidatos".

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“Para encontrar evidências de que este grupo de urnas não teria funcionado corretamente, foi realizada uma análise inteligente dos dados contidos nos arquivos Log de Urna de todos os modelos de urna eletrônica, utilizados nas eleições de 2022", diz trecho do documento, assinado pelo presidente do Instituto Voto Legal (IVL), Carlos Rocha.

A tese defendida pela empresa contratada pelo partido destoa do resultado de auditorias feitas por instituições independentes, a exemplo da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que não encontrou qualquer irregularidade no funcionamento das urnas eletrônicas. O Ministério da Defesa também apresentou relatório ao TSE na semana passada informando que não identificou nenhum indício de fraude no processo eleitoral.

Além das supostas falhas nas urnas, o PL também vai argumentar que Bolsonaro foi prejudicado por desequilíbrio na veiculação de inserções comerciais em rádios na propaganda eleitoral gratuita. A ação que trata sobre o tema foi arquivada ainda durante a campanha pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, por falta de provas.

Relatório não foi validado

Após a divulgação do relatório pelo portal O Antagonista, o presidente do IVL, Carlos Rocha, afirmou que o documento é uma "versão obsoleta" e ainda não validada por seus autores. Em entrevista ao Poder 360, ele disse ainda que a auditoria realizada pelo instituto só deve ser concluída em dezembro.

“O trabalho de fiscalização do PL termina em dezembro, está em andamento. Os relatórios das fases anteriores, com versão final, foram entregues ao PL e ao TSE. Ainda não foi divulgada qualquer versão final de relatório das novas fases. Temos estudos em andamento", declarou Rocha. 

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