General Villas Bôas defende atos antidemocráticos
Segundo Villas Bôas, a população tem pedido "socorro" às Forças Armadas. O general também criticou a imprensa por tentar "ignorar" as manifestaçõesO general da reserva Eduardo Villas Bôas saiu em defesa das manifestações que estão sendo realizadas pelos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Mesmo que as demandas dos militantes, que não reconhecem o resultado das urnas, sejam antidemocráticas, o general defende que os atos são contra os "atentados à democracia".
Na nota, divulgada em suas redes sociais, Villas Bôas diz que as pessoas que hoje se encontram reunidas em frente de quartéis pedindo uma "intervenção federal", após a vitória de Luiz Inácio da Lula (PT), lutam pela independência dos poderes, as ameaças à liberdade, e devido às "dúvidas sobre o processo eleitoral".
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Segundo Villas Bôas, a população tem pedido "socorro" às Forças Armadas. O general também criticou a imprensa por tentar "ignorar" as manifestações.
"Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos Poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral", diz a mensagem.
O texto também destaca o trabalho das Forças Armadas, com elogios à fiscalização realizada pelos militares no processo eleitoral - que não encontrou nenhum indício de fraude na disputa -, e aos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica, que, segundo ele, demonstraram "apego aos princípios e valores militares, bem como ao texto constitucional".
Os comandantes assinaram uma nota conjunta na qual defendiam a garantia de manifestações pacíficas e condenaram "restrições a direitos por parte de agentes públicos" e "excessos cometidos" em atos pelo País.
Villas Bôas foi o centro de uma polêmica em 2018, quando fez uma postagem no Twitter sobre impunidade no momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgava um pedido de habeas corpus de Lula. A publicação foi interpretada em tom de ameaça.
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