Bolsonaristas programam atos golpistas no dia 15, feriado da Proclamação da República
Para os apoiadores que não foram a Brasília, é solicitado a presença em frente aos prédios militares de diversas cidades
16:35 | Nov. 14, 2022
Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) programam atos golpistas para esta terça-feira, 15, feriado da Proclamação de República, mais de duas semanas após a eleição. Pelas redes sociais, bolsonaristas vêm se organizando para enviar caravanas para Brasília para ocupar o entorno do quartel general do Exército na cidade. Outros movimentos são previstos pelas capitais em frente a prédios militares para quem não for a Brasília.
Organizadores fizeram uma convocação nacional e veículos de diversos estados começaram a chegar ao Distrito Federal nos últimos dois dias, feriado prolongado, conforme imagens compartilhadas por bolsonaristas. O ponto de encontro será no prédio militar porque os apoiadores acreditam que "pessoas infiltradas" devem "atacar o Congresso Nacional e atribuir o ato/vandalismo" aos apoiadores no local.
"Infiltrados podem ter no dia 15 com a intenção de invadir, criar um tumulto. Cabe a quem tiver no ato, ficar de olho para impedir quem queira fazer uma coisa dessas", disse um dos apoiadores nas redes sociais. Segundo eles, as ações violentas podem acontecer contra prédios governamentais da Praça dos Três Poderes: Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Palácio do Planalto.
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Segundo a colunista do UOL, Carolina Brígido, a mesma estrutura de segurança utilizada na Esplanada dos Ministérios, para o segundo turno das eleições, será aproveitada para conter possíveis manifestações no feriado da Proclamação da República. Há uma barreira perto dos prédios e, no feriado, os veículos devem ficar proibidos de entrar, também como medida de segurança.
Para os apoiadores que não foram a Brasília, é solicitado a presença em frente aos prédios militares de diversas cidades. Em Fortaleza, os apoiadores se reúnem em frente ao comando da 10ª Região Militar, no Centro da Capital, desde o dia de Finados, dia 2 de novembro. Os apoiadores questionam o resultado das eleições que definiu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente a partir de 2023, em disputa contra Bolsonaro.