Gleisi responde nota de Forças Armadas e diz que "não é papel das Forças Armadas fazer avaliação política"
A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, escreveu que "não é papel dos comandantes militares opinar sobre o processo político, muito menos sem a atuação das instituições republicanas''Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT, respondeu à nota dos comandantes das Forças Armadas em que mandam uma série de recados ao Poder Judiciário, nessa sexta-feira, 11.
Hoffmann escreveu, em sua conta no Twitter, que “não é papel dos comandantes militares opinar sobre o processo político, muito menos sem a atuação das instituições republicanas''. Segundo a petista, o direito de manifestação não se aplica a atos contra a democracia.
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Não é papel dos comandantes militares opinar sobre o processo político, muito menos s/ a atuação das instituições republicanas. O direito de manifestação não se aplica a atos contra a democracia, q devem ser tratados pelo nome: golpismo. E combatidos, ñ são pacíficos nem ordeiros
A nota divulgada pelos comandantes das Forças Armadas condena "eventuais excessos cometidos em manifestações" e critica "eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos".
Após reunião do conselho político pela manhã, Gleisi minimizou a nota das Forças Armadas e afirmou que as manifestações contra a posse de Lula como presidente são ilegítimas.
“O direito de manifestação não cabe a quem atenta contra a Constituição. Mas vejo isso como fato desses comandantes desse governo é fato que tende ser isolado, não acredito que totalidade das Forças Armadas pense assim", disse a presidente.
Na nota, feita em conjunto, os comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica citaram os atos antidemocráticos que pedem um golpe militar no Brasil após o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) perder as eleições para o petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O texto faz críticas indiretas ao Judiciário e a presidente do PT criticou o fato. "No meu entender, não é papel das Forças Armadas fazer avaliação política nem fazer avaliação de instituições republicanas", completou, no CCBB, sede do governo de transição.
O almirante Almir Garnier Santos (Marinha), o general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e o tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica) assinam a nota.