Procuradores-gerais confirmam a Moraes que empresários financiaram atos bolsonaristas
Mário Sarrubbo, procurador-geral de Justiça de São Paulo, afirmou ter indícios de que empresários atuaram financeiramente na organização de bloqueios de rodovias e atos antidemocráticos. Procuradores de SC e ES vão na mesma linhaOs procuradores-gerais de Justiça de São Paulo, Santa Catarina e Espírito Santo suspeitam que empresários tenham financiado bloqueios em rodovias e manifestações em frente a quartéis do Exército. As informações foram passadas ao ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em reunião realizada nesta manhã, no tribunal.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, afirmou que empresários e até prefeituras atuaram na organização dos bloqueios de estradas e manifestações antidemocráticas em quartéis das Forças Armadas. "São empresários que são financiadores, nós já temos alguns nomes, mas que não podemos relevar, que estão sendo investigados", disse.
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O procurador-geral ainda afirmou que os movimentos suspeitos têm caráter nacional, de acordo com evidências descobertas na investigação. "Há algo em nível nacional e nós vamos trabalhar e o TSE fornecerá algumas informações e com isso a gente espera que o Brasil possa prosseguir sem golpes", disse.
Alexandre de Moraes acompanhou as manifestações dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e ordenou que a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e as Polícias Civil e Militar enviem o máximo de informações sobre o financiamento dos atos ao redor de quartéis das Forças Armadas. O ministro deu prazo de 48 horas para receber as informações.
O inquérito investiga a atuação de empresários e do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que não teria atuado erroneamente e transformado a PRF em um órgão de governo e não de Estado.