Após apoiar Lula no 2º turno, Tasso defende que PSDB faça "oposição não sistemática"
Apesar de apoiar ao candidato petista no segundo turno das eleições, parlamentar tucano defende que a sigla não faça parte da base da nova gestão
13:37 | Nov. 09, 2022
O senador Tasso Jereissati afirmou que o PSDB deve fazer oposição não sistemática ao novo governo e defendeu que o partido não tenha cargos e nem integre a base da gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No segundo turno das eleições, o parlamentar apoiou o candidato petista.
Em entrevista ao jornal O Globo, o ex-presidente do PSDB falou sobre o papel do partido no novo governo e considerou que a legenda deve se manter independente.
"Na minha opinião, nós devemos fazer uma oposição não sistemática, como fizemos no primeiro governo do Lula, aprovando vários projetos de interesse dele. O presidente Lula está se propondo a fazer um governo de coalizão que conjugue várias tendências e pensamentos. Então, vamos esperar para ver até que ponto vai a nossa oposição. Na minha opinião, o partido não deve ter cargos e nem integrar a base de governo — tem que ficar independente”, disse.
Nas eleições deste ano, o PSDB teve um dos piores resultados eleitorais da legenda e diminuiu o número de deputados federais de 29 para 13 deputados eleitos. Pela primeira vez, o partido perdeu o comando do estado de São Paulo, após o candidato à reeleição Rodrigo Garcia não passar para o segundo turno.
Sobre a atual fase, Tasso afirmou que esse não é o pior momento do partido e que há uma expectativa positiva com a vitória de três integrantes da sigla para os cargos de governador: Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul, Raquel Lyra, em Pernambuco e Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul.
“Nessas eleições, vivemos o momento mais baixo em número de parlamentares. Mas elegemos três governadores excepcionais (...) São jovens, com muito talento e espírito público. É o início de um novo PSDB, com a cara e a mentalidade deles”, declarou.
De acordo com Eduardo Leite, cotado para ser o presidente nacional do partido, o PSDB conversa com o MDB, Podemos e Cidadania sobre a formação de uma nova federação entre as siglas.