Lula reaparece em público e se reúne com Arthur Lira
O deputado federal cearense José Guimarães (PT-CE) afirmou que o encontro teve um tom "muito bom, amistoso"
14:58 | Nov. 09, 2022
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva reuniu-se na manhã desta quarta-feira, 9, com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O petista passou menos de duas horas na residência oficial de Lira numa conversa que foi classificada como "abertura de diálogo" com o presidente da Câmara que pretende manter-se no cargo e controla a pauta de votações na Casa.
Hoje me encontrei pela primeira vez com o presidente da Câmara dos Deputados, @ArthurLira_. O país precisa de diálogo e normalidade.
@ricardostuckert pic.twitter.com/mloDPuQ3Qv
O deputado federal José Guimarães (PT-CE) afirmou que o encontro teve um tom "muito bom, amistoso". Deputados do PT participaram do primeiro encontro entre Lula e Lira, após as eleições. "Ótima reunião. Foi uma reunião protocolar", disse Guimarães na saída do encontro. "Abertura de diálogo na busca de entendimento com o País e votação das matérias."
Segundo Guimarães, haverá uma reunião nesta quinta-feira, 10, com outros parlamentares. "Acho que a coisa está andando bem." Além de Lula, reuniram-se com Lira, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o coordenador técnico da equipe de transição e ex-ministro Aloizio Mercadante, e os deputados Odair Cunha e Reginaldo Lopes, ambos do PT em Minas.
Lula chegou à residência oficial de Lira por volta das 10h15min. Ficou no local durante 1h40min. De lá, foi até a casa do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Durante a tarde, o presidente eleito tem encontros agendados com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Lula e o PT têm discutido meios de bancar o Auxílio Brasil - que voltará a ser chamado de Bolsa Família - de R$ 600 a partir de janeiro e outras despesas de interesse do novo governo. A PEC incorporaria o chamado "waiver" (licença para gastar), que tem batido nos R$ 160 bilhões, podendo chegar a R$ 200 bilhões, como defendem alguns integrantes da cúpula petista.
Na semana passada, o Centrão havia sinalizado que apoia a medida, mas exigirá condições como a manutenção do orçamento secreto e o apoio ao projeto de reeleição de Lira no comando da Câmara. Lira e Pacheco querem se reeleger para o comando das Casas Legislativas no ano que vem.
Leia mais
-
Após apoiar Lula no 2º turno, Tasso defende que PSDB faça "oposição não sistemática"
-
Flávio e Eduardo Bolsonaro pedem cidadania na embaixada da Itália
-
Lula prepara governo e Bolsonaro some: Jogo Político #211
-
Izolda chega à COP 27 e reafirma acordos sobre hidrogênio verde no Ceará
-
Eunício diz que Izolda ministra da Educação é "assunto objetivo"
-
PDT de Ciro é um dos 11 partidos que vão integrar a equipe de transição de Lula