Correção: fala de Bolsonaro no "cercadinho" da Alvorada é de 2021

Uma semana após derrota para Lula, presidente encontrou apoiadores e falou, indiretamente, sobre o resultado das eleições

13:39 | Nov. 07, 2022

Por: Taynara Lima
Jair Bolsonaro (Photo by EVARISTO SA / AFP) (foto: EVARISTO SA/AFP)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) não falou com apoiadores em rápido encontro no Palácio do Alvorada no último domingo, 6, diferentemente do que noticiou O POVO, nesta segunda-feira, 7. O chefe do Planalto segue recluso desde que o resultado da eleição foi anunciado, no último dia 30 de outubro, dando vitória para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mais cedo, foi noticiado que o presidente demonstrou estar insatisfeito com o resultado das eleições e afirmou que fará tudo que estiver dentro da lei. “Pode ter certeza que tudo que for legal fazer, eu farei. Brevemente, teremos as consequências do que está acontecendo”, teria dito Bolsonaro no "cercadinho". No entanto, a fala foi feita ano passado. Ela chegou a ser compartilhada nesta segunda como se fosse atual e O POVO errou ao reproduzir.

Presidente 15/03/2021: tudo que for legal fazer eu farei; dezenove governadores querem que vocês continuem pagando alto o diesel e o gás de cozinha. pic.twitter.com/YHX7cxMji0

— Tenente Mosart (@AragaoMosart) March 15, 2021

Na última terça-feira, 1º, o mandatário realizou uma breve coletiva e quebrou o silêncio após dois dias do fim das eleições presidenciais. Na ocasião, Bolsonaro agradeceu os mais de 58 milhões de votos que recebeu, porém não citou o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Fora isso, o mandatário tem se mantido na residência oficial da Presidência da República, onde recebe ministros, assessores e familiares. Desde o fim do segundo turno, apoiadores de Bolsonaro realizam protestos contra o resultado das eleições e alegam que supostas fraudes foram cometidas. Bloqueios de rodovias e manifestações golpistas também foram promovidas pelo país com pedidos de intervenção militar.

Na quarta-feira, 2, Bolsonaro publicou um vídeo nas redes sociais pedindo a desobstrução das vias e negou a legitimidade das manifestações.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), condenou os protestos e disse que os participantes dos atos antidemocráticos serão tratados como criminosos.