Abin arquiva investigação sobre possível espionagem de autoridades do Governo do Ceará
Teria havido espionagem com drones do então governador Camilo Santana. Segundo órgão, ação ocorreu "dentro dos parâmetros regulares"
19:06 | Out. 16, 2022
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) confirmou neste domingo, 16, o arquivamento de Processo Administrativo Disciplinar (PAD) sobre possível espionagem de membros do Palácio da Abolição.
"A ação ocorreu dentro de parâmetros regulares, sendo, consequentemente, arquivado. Não houve nenhuma ação de acompanhamento sobre autoridades constituídas do Governo do Estado do Ceará", disse o órgão por meio de nota enviada ao O POVO.
Segundo o colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles, a Abin havia instaurado o processo para investigar a denúncia de que dois servidores estariam espionando o ex-governador Camilo Santana (PT), quando ainda estava à frente da administração estadual em 2021, durante seu segundo mandato. O político foi eleito senador nas eleições de 2022 com 69,76% dos votos e 3.389.513 votos nominais.
De acordo com o jornalista, policiais que faziam a segurança do petista, na época, identificaram drones, com aparelhos superpotentes de escuta, sobrevoando o Palácio da Abolição, na capital cearense.
Na ocasião, os profissionais teriam abordado os homens que estariam manipulando os equipamentos e, na sequência, eles se identificaram como funcionários da Abin ao serem questionados pelos seguranças.
A agência não confirma os detalhes do colunista. "Os dados referentes aos servidores da Abin são protegidos nos termos da legislação. De acordo com a Lei nº 9.883, quaisquer informações ou documentos sobre as atividades e assuntos de Inteligência produzidos, em curso ou sob a custódia da Abin somente poderão ser fornecidos às autoridades que tenham competência legal para solicitá-los", disse ao O POVO.
Conforme o Metrópoles, um dos servidores já foi coordenador de Operações de Meios Técnicos do Departamento de Operações. Ele havia sido nomeado pelo deputado federal eleito Alexandre Ramagem (PL), do partido de Jair Bolsonaro (PL), mas não está mais no cargo.
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