MPF diz que fala de Damares não se encaixa em nenhuma denúncia sobre tráfico infantil

Damares Alves declarou que tinha fotos de crianças com "seus dentinhos arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral"

O Ministério Público Federal (MPF) do Pará afirmou que nenhuma denúncia feita ao órgão nos últimos 30 anos sobre tráfico de crianças na Ilha de Marajó (PA) é semelhante "às torturas citadas" pela ex-ministra e senadora eleita, Damares Alves (Republicanos-DF), em culto realizado em uma igreja evangélica em Goiânia.

A senadora eleita e ex-ministra do Ministério da Mulher, da Família e dos Direito Humanos (MMFDH) relatou supostos casos de violência sexual contra crianças no local, afirmando que tinha "imagens de crianças brasileiras de três, quatro anos que, quando cruzam as fronteiras, os seus dentinhos são arrancados para elas não morderem na hora do sexo oral".

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O Ministério Público do Pará solicitou, nesta segunda-feira, 10, informações ao MMFDH sobre as denúncias feitas pela ex-ministra, mas os documentos enviados por Damares Alves (Republicanos) não comprovam a veracidade das declarações feitas. As denúncias foram feitas durante o culto.

De acordo com investigações do próprio Ministério Público, de 2006 a 2015, em três inquéritos civis e um inquérito policial instaurados a partir de denúncias sobre supostos casos de tráfico internacional de crianças que teriam ocorrido desde 1992 no arquipélago de Marajó, no Pará, nenhuma das denúncias mencionou nada semelhante às torturas citadas pela ex-ministra.

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Damares Alves Ministério da Mulher da Família e dos Direitos Humanos ministério público

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