Bolsonaro se atrasa e perde reunião com secretário-geral da ONU, diz jornal

Presidente discursou durante abertura da Assembleia Geral da ONU na manhã da terça-feira

Cumprindo agenda oficial em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou se atrasando e perdeu uma reunião privada que teria com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. O encontro entre as duas autoridades ocorreria durante a manhã da última terça-feira, 20, mas dois imprevistos impediram.

As informações são da Valor Econômico. Conforme a reportagem, o primeiro contratempo do político ocorreu durante sua saída do hotel. A previsão era que o gestor deixasse a instalação às 9h20min, no horário de Brasília, para que chegasse ao compromisso pontualmente às 9h40min.

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Entretanto, ao tentar sair, ele foi surpreendido por um grupo de cerca de 40 apoiadores que queriam vê-lo. Segundo a Valor, os bolsonaristas desrespeitaram o limite de acesso ao hotel que foi imposto pela comitiva presidencial e pelo serviço secreto. Diante da situação, Bolsonaro decidiu voltar para a instalação.

O segundo problema enfrentado pelo presidente foi logístico. As ruas atrás do hotel em que o político estava instalado estavam fechadas, com forte presença de agentes do serviço secreto e carros oficiais. Apesar disso, não havia nenhum automóvel disponível no momento em que o chefe do Executivo iria para a reunião. Além dele, estavam no local a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além do ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) e coordenador de comunicação da campanha, Fabio Wajngarten, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.

Conforme a reportagem, Bolsonaro decidiu caminhar enquanto não encontrava um veículo oficial e, após 5 minutos, conseguiu o carro para o levar para a Assembleia Geral da ONU.

O presidente realizou seu discurso no evento, na hora prevista , mas não conseguiu reunir-se com Guterres. Após sua fala, ambos tiveram um rápido encontro apenas para o registro de uma foto em que eles apertam as mãos, pois não havia como agendar um novo encontro.

Fontes ligadas ao Itamaraty disseram a Valor que, durante a reunião, Bolsonaro abordaria assuntos como uma reforma do Conselho de Segurança. Atualmente, o Brasil faz parte do grupo, entre os anos de 2022 e 2023, mas como membro não-permanente. A expectativa era reverter essa posição e tornar a participação do País em forma definitiva.

Na terça, Bolsonaro discursou na ONU em tom eleitoral, atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de apresentar atividades que foram desenvolvidas durante sua gestão.

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