Bolsonaro se atrasa e perde reunião com secretário-geral da ONU, diz jornal
Presidente discursou durante abertura da Assembleia Geral da ONU na manhã da terça-feira
12:47 | Set. 21, 2022
Cumprindo agenda oficial em Nova York, o presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou se atrasando e perdeu uma reunião privada que teria com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres. O encontro entre as duas autoridades ocorreria durante a manhã da última terça-feira, 20, mas dois imprevistos impediram.
As informações são da Valor Econômico. Conforme a reportagem, o primeiro contratempo do político ocorreu durante sua saída do hotel. A previsão era que o gestor deixasse a instalação às 9h20min, no horário de Brasília, para que chegasse ao compromisso pontualmente às 9h40min.
Entretanto, ao tentar sair, ele foi surpreendido por um grupo de cerca de 40 apoiadores que queriam vê-lo. Segundo a Valor, os bolsonaristas desrespeitaram o limite de acesso ao hotel que foi imposto pela comitiva presidencial e pelo serviço secreto. Diante da situação, Bolsonaro decidiu voltar para a instalação.
O segundo problema enfrentado pelo presidente foi logístico. As ruas atrás do hotel em que o político estava instalado estavam fechadas, com forte presença de agentes do serviço secreto e carros oficiais. Apesar disso, não havia nenhum automóvel disponível no momento em que o chefe do Executivo iria para a reunião. Além dele, estavam no local a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o filho e deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além do ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) e coordenador de comunicação da campanha, Fabio Wajngarten, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Conforme a reportagem, Bolsonaro decidiu caminhar enquanto não encontrava um veículo oficial e, após 5 minutos, conseguiu o carro para o levar para a Assembleia Geral da ONU.
O presidente realizou seu discurso no evento, na hora prevista , mas não conseguiu reunir-se com Guterres. Após sua fala, ambos tiveram um rápido encontro apenas para o registro de uma foto em que eles apertam as mãos, pois não havia como agendar um novo encontro.
Fontes ligadas ao Itamaraty disseram a Valor que, durante a reunião, Bolsonaro abordaria assuntos como uma reforma do Conselho de Segurança. Atualmente, o Brasil faz parte do grupo, entre os anos de 2022 e 2023, mas como membro não-permanente. A expectativa era reverter essa posição e tornar a participação do País em forma definitiva.
Na terça, Bolsonaro discursou na ONU em tom eleitoral, atacou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de apresentar atividades que foram desenvolvidas durante sua gestão.
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