Esposa de petista morto por bolsonarista diz que agressor queria "matar as pessoas da festa"
Caso ocorreu em Fo do Iguaçu durante a festa de aniversário de 50 anos da vítima, que tinha como tema símbolos ligados ao PT e ao ex-presidente LulaA investigadora da Polícia Civil, Pamela Suellen Silva, esposa do guarda municipal e militante petista Marcelo Arruda, comentou o episódio que culminou no assassinato do marido, no próprio aniversário, por um policial penal bolsonarista, em Foz do Iguaçu (PR), no último sábado, 9.
A mulher contou que o bolsonarista José da Rocha Guaranho entrou no local com o objetivo de “matar as pessoas da festa”, segundo relato à coluna da jornalista Bela Megale, do O Globo.
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“No fim da festa essa pessoa que ninguém conhecia apareceu num carro, abriu o vidro e gritou: ‘Fora PT, Lula ladrão, Bolsonaro mito’. Marcelo foi até ele pedir que fosse embora e ele sacou uma arma e apontou para o Marcelo. A mulher dele estava dentro do carro com uma criança e pediu para ele ir embora. Ele foi, mas disse que voltaria”, contou Pamela.
E prosseguiu: “Quando ele retornou eu disse: ‘Vai embora, cara, polícia’, mostrando que éramos policiais. Mas ele começou a atirar a esmo, foi com intuito de matar as pessoas da festa. Aí Marcelo revidou. Um tiro atingiu a perna do Marcelo e o assassino chegou muito perto para executá-lo. Marcelo estava caído no chão. Foi horrível, uma cena de horror”, concluiu.
De acordo com a coluna, Pamela explicou ainda que a temática da festa de aniversário do marido, permeada por símbolos ligados ao PT, foi uma brincadeira de pessoas próximas ao guarda municipal, que além de militante do partido, foi candidato a vice-prefeito de Foz em 2020.
O agressor também foi atingido pela vítima e teria sido encaminhado para UTI de um hospital no local.