Dois dos três senadores cearenses assinaram CPI do MEC; falta um nome para instalar comissão

O terceiro senador, Eduardo Girão (Pros), não irá assinar a CPI

17:17 | Jun. 22, 2022

Por: Filipe Pereira
FORTALEZA, CE, BRASIL, 19-11-2018: Tasso Jereissati, senador do Ceara / Cid Gomes, Senador do Ceara / FOCUS.SUMMIT evento que reuniu Politicos e Empresarios de Fortaleza para falar sobre o pos momento politico e sobre economia no auditorio do predio anexo da Assembleia Legislativa. (Foto: Aurélio Alves/O POVO) (foto: AURELIO ALVES)

Os senadores cearenses Tasso Jereissati (PSDB) e Cid Gomes (PDT) assinaram o requerimento para a instalação da CPI do Ministério da Educação (MEC) no Congresso Nacional. Terceiro integrante da bancada, o senador Eduardo Girão (Pros) não irá assinar o requerimento, articulado pelo líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). 

Segundo Randolfe, falta apenas uma assinatura para apresentar o requerimento, que necessita do apoio de 27 senadores, o mínimo exigido pelo Regimento Interno do Senado. Em abril, três desistiram das investigações. O parlamentar retomou o processo após a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, acusado participação em esquema de corrupção de corrupção envolvendo pastores e a liberação de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

"Não assinei e nem vou assinar a CPI da Petrobras, proposta pelo Governo e nem a CPI do MEC proposta pela oposição", disse Girão ao O POVO. "Se a CPI da Covid realizada em 2021 virou um palanque eleitoreiro antecipado dá pra imaginar uma CPI as vésperas - faltando apenas 100 dias- para uma eleição nacional." (Leia a íntegra da manifestação do senador ao final do texto).

A lista de senadores que assinaram a instalação da CPI do MEC foi publicada por Randolfe nas redes sociais. O parlamentar voltou ao Twitter para atualizar a entrada do senador Eduardo Braga (MDB) no documento.  

Lembrando aqui os senadores que já assinaram a #CPIdoMEC e reforçamos: faltam apenas DUAS assinaturas! 

1. Randolfe Rodrigues
2.@ @paulopaim
3. @senadorhumberto
4. @renancalheiros
5. @ContaratoSenado
6. @SenadorKajuru
7. @zenaidern
8. @senadorpaulor
9. @OmarAzizSenador

— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) June 22, 2022

A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão e de prisão em Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal. O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH), senador Humberto Costa (PT-PE), também defende a instalação da CPI para apurar o caso.

"Não nos cabe avaliar a justiça ou não das prisões realizadas hoje. No entanto, mostra que nossas preocupações com denúncias sobre a gestão no Ministério da Educação realmente devem ser motivo de um olhar mais próximo desta Casa. Mais do que nunca se faz necessário aprofundarmos o debate sobre a criação da CPI e concluirmos a coleta de assinaturas em curso", disse Humberto.

O presidente da Comissão de Educação, Marcelo Castro (MDB-PI), defendeu um "pente-fino" nos convênios do FNDE liberados por Milton Ribeiro. Ele classificou como “muito grave” a prisão do ex-ministro. 

Nota do senador Eduardo Girão:

Não assinei e nem vou assinar a CPI da Petrobras, proposta pelo Governo e nem a CPI do MEC proposta pela oposição.

Se a CPI da Covid realizada em 2021 virou um palanque eleitoreiro antecipado dá pra imaginar uma CPI as vésperas - faltando apenas 100 dias- para uma eleição nacional .

Com relação ao MEC, mais uma vez a Polícia Federal demonstra porque tem tanta credibilidade junto a população brasileira . Está cumprindo muito bem o seu dever assim como outras instituições de fiscalização e controle sobre as denúncias que devem ser apuradas com responsabilidade e firmeza mas de forma técnica e sem politicagem. Estarei atento e cobrando agilidade na investigação das autoridades competentes que já estão trabalhando fundo no caso . Quanto à Petrobras por melhor que pudesse ser uma CPI ela não teria poder algum para interferir nos sucessivos aumentos feitos por uma política equivocada da Petrobras atrelada à variação do dólar e ao preço internacional do petróleo quando 70% de tudo que é relacionado ao petróleo no Brasil é movimentado em REAL.