Univaja rebate PF sobre ausência de mandantes nos assassinatos de Dom e Bruno
Em nota, a Univaja defendeu que a posição da PF "desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021"
14:46 | Jun. 17, 2022
A União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja) divulgou uma nota, nesta sexta-feira (17), para rebater a teoria da Polícia Federal (PF) de que as mortes do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips não tiveram um mandante. A corporação considera que os cinco suspeito atuais agindo sozinhos.
No documento, a Univaja defendeu que a posição da PF “desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021”. A organização diz que documentos indicam a existência de um grupo criminoso organizado atuando em invasões “constantes” à Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Os integrantes seriam caçadores e pescadores profissionais, supostamente envolvidos nos assassinato de Bruno e Philips.
“Descrevemos nomes dos invasores, membros da organização criminosa, seus métodos de atuação, como entram e como saem da terra indígena, os ilícitos que levam, os tipos de embarcações que utilizam em suas atividades ilegais”, afirmou a organização. A instituição disse ainda que, em função destas informações, Bruno e outros membros da união foram escolhido como alvo do grupo.
A Univaja considerou que a nota emitida pela PF corrobora com o fato de que “as autoridades competentes, responsáveis pela proteção territorial e de nossas vidas, têm ignorado nossas denúncias, minimizando os danos, mesmo após os assassinatos de nossos parceiros, Pereira e Phillips”.
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Até o momento, duas pessoas foram presas, entre elas estão Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", e o irmão, Oseney da Costa Oliveira, conhecido como "Dos Santos". Na última terça, 14, "Pelado" confessou ter assassinado a tiros Dom e Bruno.