Delegado da PF acusa parlamentares aliados de Bolsonaro de defender desmatamento
O ex-superintendente da corporação no Amazonas citou nomes, como o da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do senador Jorginho Mello (PL-SC).
O delegado da Polícia Federal, Alexandre Saraiva, acusou, nesta terça-feira, 14, parlamentares aliados do governo federal de serem "financiados por madeireiros". O ex-superintendente da corporação no Amazonas citou nomes, como o da deputada Carla Zambelli (PL-SP) e do senador Jorginho Mello (PL-SC).
Saraiva destacou a dificuldade em resolver os problemas que envolvem crimes ambientais na Amazônia pelo fato de representantes políticos da região serem apoiados por quem comete o desmatamento ilegal. "Esses criminosos têm boa parte dos políticos da região norte no bolso, eu estou falando de governadores, senadores", afirmou o delegado em entrevista ao canal GloboNews.
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"Olha o Centrão, veja de onde saíram grande parte dos parlamentares do Centrão. São financiados por esses grupos. [Os senadores] Zequinha Marinho, Telmário Mota, Mecia de Jesus, Jorginho Melo de Santa Catarina mandou ofício, a Carla Zambelli foi lá defender madeireiro. Temos uma bancada do crime, de marginais, de bandidos", continuou Alexandre.
O integrante da PF mencionou a falta de ação do então ministro do Meio Ambiente à época, Ricardo Salles, de não periciar corretamento o material encontrado na Operação Handroanthus, que apreendeu 213 mil metros cúbicos de madeira ilegal na divisa entre Amazonas e Pará, no fim de 2020. Na época, o ministério do Meio Ambiente afirmou que o delegado estava "em busca de holofotes".
O delegado também participou do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 13. Na ocasião, ele declarou que Salles atuava de forma “claríssima e inédita” em favor de madeireiros.