Vereadora quer conceder título de Cidadã de Fortaleza para Rosa da Fonsêca

A vereadora de Fortaleza Larissa Gaspar (PT) apresentou um Projeto de Decreto Legislativo que prevê a concessão do título de Cidadã de Fortaleza para a ex-vereadora, ex-presa política e professora Rosa da Fonseca, que morreu na última quarta-feira, 1° de junho, vítima de um câncer de ovário.

A proposta foi apresentada ao Legislativo no dia 5 de maio deste ano e aguarda análise em uma comissão segundo o Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (SAPL), da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor).

Na justificativa do projeto, a parlamentar lista pelo menos 30 “lutas” que enfatizam a trajetória política e social de Rosa da Fonseca - natural da cidade de Quixadá - e diz que o mérito da honraria "de maneira justa e legítima premia os atributos identificados na cidadã" em questão e reflete o reconhecimento da Casa pelas contribuições de Rosa. A proposta está em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Presente no velório de Rosa, nesta quinta-feira, 2, Larissa disse que apesar de um momento de dor, o legado continuará dentro da militância. “A gente resume ela (Rosa) numa frase que é simples, mas simbólica: 'a Rosa é a Rosa’. Deixa muita dor (a morte), mas nossas lutas e caminhadas serão impulsionados pelo que ela fez”, comentou em entrevista ao O POVO.

"A gente apresentou a proposta do título de Cidadã de Fortaleza para a companheira Rosa e vários colegas subscreveram, de vários partidos, e a matéria está tramitando", declarou Gaspar, informando ainda ter pedido celeridade na elaboração do parecer, sob responsabilidade do relator e vereador Gardel Rolim (PDT), para encaminhar o projeto.

“É um reconhecimento que a Cidade deve a ela (Rosa), vereadora, com mandato combativo, atuante e com uma vida dedicada à justiça social e à luta popular. Tenho certeza que a CMFor em breve fará esse reconhecimento”, concluiu Gaspar.

Também nesta quinta-feira, 2, o prefeito em exercício de Fortaleza, Élcio Batista (PSB), decretou luto oficial de três dias na Cidade pela morte da militante.