Bolsonaro promete sancionar piso da enfermagem no valor de R$ 4.750

O presidente disse que aguarda definição sobre qual será a fonte de recursos

O presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu neste domingo sancionar o piso salarial para enfermeiros, aprovado neste mês pelo Congresso. O projeto de lei cria um piso de salário para profissionais da enfermagem, em nível nacional, que varia de R$ 2.375 a R$ 4.750. "Pretendo sancionar. Estou no aguardo da definição sobre qual será a fonte de recursos", disse o presidente neste domingo.

Durante a votação da proposta no plenário da Câmara, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a criação do piso representa um grande desafio para os cofres públicos. Barros disse que, como não havia indicação da origem dos recursos para custear a proposta, a orientação do governo seria contrária. "Neste momento, o projeto não atende à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e por isso o voto do governo é contrário", declarou.

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No entanto, como a aprovação do projeto era inevitável, Barros garantiu que o governo se manteria empenhado em buscar fontes de financiamento para o piso. "São R$ 16 bilhões que estão aguardando a fonte de recursos e nós estamos trabalhando demoradamente e insistentemente na busca de recursos para garantir que as conquistas sejam efetivas", disse, na ocasião.

Ainda neste domingo, 15, Bolsonaro participou de uma "lanchaciata" em Brasília. O ato foi uma variação das motociatas às quais o chefe do Executivo costuma ir, só que com embarcações. Depois de andar de moto e visitar feiras na cidade, Bolsonaro deu uma volta de moto náutica no Lago Paranoá, nas proximidades do Palácio da Alvorada, e cumprimentou apoiadores que organizaram o movimento.

A concentração para o ato estava marcada para as 9 horas, mas os bolsonaristas demoraram a chegar. O número de lanchas e motos aquáticas no Lago Paranoá só começou a aumentar perto do meio-dia.

No geral, os veículos aquáticos estavam cheios e exibiam bandeiras do Brasil. Algumas pessoas fizeram, até mesmo, churrasco em suas embarcações.

Apoiadores imitaram o "sinal de arminha" característico de Bolsonaro, que defende a flexibilização do porte de arma de fogo.

Um homem chegou a erguer o braço para mostrar um pedaço de carne na ponta do garfo, num momento de alta no preço dos alimentos.

De acordo com dados do Ministério do Turismo divulgados em 2021, Brasília tem a quarta maior frota náutica do País, com mais de 55 mil embarcações registradas.

Antes de ir à "lanchaciata", Bolsonaro andou de moto e foi a feiras em Brasília. Apoiadora do presidente, a turista Nair Tillman, 73 anos, estava pela manhã nas proximidades da Ponte JK, onde ocorria a concentração para a "lanchaciata", na esperança de ver Bolsonaro. "Com ele, eu entro até debaixo d'água", brincou, ao dizer que só subiria numa embarcação se fosse para falar com o presidente.

O slogan do cortejo náutico, "Pela liberdade no Brasil", foi o mesmo usado por apoiadores de Bolsonaro para defender o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

O parlamentar foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de cadeia por ataques à democracia, mas recebeu o perdão presidencial.

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