"Irei até o fim e vencerei no 2º turno", diz Ciro sobre candidatura a presidente
A fala do pedetista acontece após pesquisa Ideal/Quaest mostrar que caso ele abandone a corrida eleitoral, Lula venceria já no primeiro turno
17:58 | Mai. 11, 2022
O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) afirmou nesta quarta-feira, 11, que não irá desistir de disputar o comando do Palácio do Planalto. "Irei até o fim e vencerei no 2º turno", destacou.
A fala do pedetista acontece após pesquisa Ideal/Quaest mostrar que caso ele abandone a corrida eleitoral, Lula venceria já no primeiro turno. No dois cenários apontados sem a presença de Ciro, o petista marca 50% e 51% das intenções de voto. Quando inserido no questionário, Ciro alcança 7% da preferência do eleitorado.
Irei até o fim e vencerei no 2º turno. Se tivessem inteligência – e amor pelo Brasil – os que defendem o contrário saberiam que o risco maior para Lula – e para a nação – não está na minha permanência, mas numa retirada. (...)
Para defender sua tese de se manter candidatura, Ciro argumenta que sua ausência aumentaria a polarização e beneficiaria o presidente Jair Bolsonaro (PL), segundo colocado nas pesquisas. "Se tivessem inteligência – e amor pelo Brasil – os que defendem o contrário saberiam que o risco maior para Lula – e para a nação – não está na minha permanência, mas numa retirada. Sem a minha candidatura, a polarização aumentaria em um momento em que Lula estagnou e Bolsonaro se sustenta. Porque a resiliência do genocida é menos ilógica do que aparenta. Ela está fortemente ancorada no antipetismo", afirmou.
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O ex-ministro ainda destacou que a "tragédia Bolsonaro" não apagou da memória da população os escândalos de corrupção da Era petista no poder. "Ou alguém acredita que 70% da população das regiões mais desenvolvidas votaram em Bolsonaro se não pelo cruzamento da pior crise econômica com o mais generalizado escândalo de corrupção já desvendado em nossa história?".
Ciro defendeu ainda que a campanha petista trace uma nova estratégia. "Só há uma remota saída para o lulismo: mudar o eixo da campanha, fazer autocrítica e não insistir em falsas soluções. Para mim, há uma caminho sem limites de crescimento porque tenho programa, tenho passado limpo e uma infatigável disposição para a luta".