PL na Câmara fica dividido entre vereadores bolsonaristas e ciristas

Líder do partido na Câmara de Fortaleza declara apoio a Ciro e gera desconforto entre colegas apoiadores de Bolsonaro. Até então um partido da base, PL do Ceará lida com conflitos desde que se tornou o partido do presidente

A liderança do PL na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), hoje sob representação da vereadora Ana do Aracapé, é motivo de divisão entre os vereadores do partido. Isso porque a parlamentar declarou apoio aberto ao pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) e ao prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT), irritando os membros da bancada mais próximos ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o vereador Dudu Diógenes (PL), um dos membros que faz oposição à liderança de Ana, na próxima terça-feira, 10, um protocolo solicitando votação para escolher nova liderança do PL no Legislativo Municipal será submetido à presidência da Casa.

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Junto de Diógenes, estão os vereadores Carmelo Neto e Priscila Costa. O vereador também conta com o apoio de Pedro Matos, que está no meio das negociações entre o grupo dele e da atual líder. Junto de Ana, está a vereadora Tia Francisca

Diógenes conta ainda que a questão já foi levantada junto do presidente estadual do partido, Acilon Gonçalves. De acordo com ele, o dirigente tem tentado mediar o conflito e prometeu uma conversa, que ainda não ocorreu.

O vereador afirma que tem boa expectativa de que as negociações evoluam e Ana deixe a liderança do partido espontaneamente, mas até o momento, segundo ele, "ela não quer entregar".

Desde o ingresso do presidente Jair Bolsonaro no PL, o partido passou por movimentações no âmbito local. Até então uma sigla da base governista, o partido passou a abrigar nomes de oposição como os deputados estaduais André Fernandes, Delegado Cavalcante e Dra. Silvana, bem como os vereadores bolsonaristas, que migraram acompanhando a ida do presidente para o partido.

Até então únicas vereadoras do PL na CMFor, Ana do Aracapé e Tia Francisca chegaram a sinalizar que sairiam do partido de Jair Bolsonaro, mas acabaram permanecendo na legenda.

Para as eleições de outubro, a discussão interna é se o partido é vai lançar candidatura própria ao Governo do Estado. A medida é vista como solução para que a legenda não apoie o nome governista ao Palácio Abolição, tampouco esteja ao lado de Capitão Wagner (União Brasil), nome mais próximo a ala bolsonarista do PL no Ceará.

Caso se concretize, o nome do ex-deputado federal Raimundo Gomes de Matos é o que tem mais força para entrar na disputa. No entanto, a candidatura própria do PL ao Governo do Estado ainda não é ponto de consenso entre as alas do partido no Ceará.


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