Hélio Leitão: "uma das poucas coisas boas" de Bolsonaro foi devolver Sergio Moro "ao nada"

O jurista citou a expressão "lawfare", popularizada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para questionar as denúncias dos procuradores do Ministério Público Federal que atuam na operação Lava Jato

17:54 | Mai. 02, 2022

Por: Filipe Pereira
Conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Ceará Hélio Leitão (foto: Reprodução)

O conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Ceará Hélio Leitão fez críticas ao ex-juiz Sérgio Moro (Podemos). Em entrevista ao programa Conexão Assembleia, da FM Assembleia, o advogado disse que o ex-ministro da Justiça "criminalizou pessoas a qualquer custo" e usou a operação Lavo Jato como "ferramenta de perseguição".

O jurista citou a expressão “lawfare”, popularizada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para questionar as denúncias dos procuradores do Ministério Público Federal que atuam na operação Lava Jato. Ele disse que o ex-ministro fez uso estratégico do sistema judicial.

"Quando se perde no voto tenta-se no processo judicial criminalizar as pessoas a qualquer custo e conseguir uma condenação. Então, o Moro conseguiu desacreditaram o processo penal brasileiro e fez daquilo uma ferramenta de perseguição isso hoje é muito claro. Me parece que a sociedade brasileira começa a compreender isso, daí a sua seu mais fragilidade eleitoral", disse Hélio.

O advogado citou o presidente Jair Bolsonaro (PL) para criticar o ex-juiz: "Eu quero invocar aqui a palavra atribuida ao ministro Gilmar Mendes que uma das poucas boas coisas que ele fez o presidente Bolsonaro foi devolver o Sérgio Moro ao que ele era, ao nada". 

Hélio Leitão apontou para necessidade de tomar uma série de providências, como conselheiro federal da OAB, contra as medidas do governo federal. “Tive missões que me marcaram a vida. Na ocasião em que o presidente Bolsonaro voltou a inscrever o golpe militar de 1964 no calendário de comemorações oficiais do País, o presidente da OAB à época, Felipe Santa Cruz, me incumbiu de fazer a denúncia ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra”, disse.