Acrisio diz que PT e aliados têm legitimidade para indicar preferências ao governo
O petista acusou alguns pedetistas de utilizar o espaço na imprensa para criticar a preferência do PT pela pré-candidatura de Izolda Cela, algo que, segundo o parlamentar, fere o respeito ao diálogo democrático
13:15 | Abr. 29, 2022
O deputado estadual, Acrísio Sena (PT), comentou, nesta sexta-feira, 29, a crítica feita pelo vereador Adail Jr. (PDT) sobre o posicionamento de parlamentares do PT no Ceará em prol da pré-candidatura da governadora Izolda Cela (PT) ao Palácio Abolição. Em nota, o petista defendeu a aliança PT-PDT no Estado e disse ser legítimo que PT e demais partidos aliados manifestem preferências em torno da futura candidatura do bloco governista para as eleições de outubro.
"Em nenhum momento questionou-se a prerrogativa do PDT em indicar o(a) candidato(a). Contudo, se seguirmos o raciocínio do senador Cid Gomes, principal líder do PDT cearense, o lançamento de quatro pré-candidaturas serve ao propósito de testar os nomes junto à aliança governista. Portanto, PT, MDB, PP e demais aliados têm legitimidade e podem sim manifestar preferências (...) Dessa forma, defendo que os partidos aliados devem ser consultados e envolvidos no processo. A eleição será acirrada e vai exigir unidade da aliança", disse o parlamentar.
O petista acusou algumas lideranças de utilizar o espaço na imprensa para criticar a preferência do PT pela pré-candidatura de Izolda, algo que, segundo Acrisio, fere o respeito ao diálogo democrático. "Essa crítica não se sustenta. Os mesmos não compreendem a necessidade do diálogo democrático. Em nenhum momento, questionou-se a prerrogativa do PDT em indicar o(a) candidato(a)", afirmou.
Além de Izolda, disputam a indicação do bloco à disputa ao Governo do Ceará o ex-prefeito Roberto Cláudio, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão, e o deputado federal Mauro Filho. O principal embate está, principalmente, entre a governadora e RC, que dividem aliados abertamente, entre eles o vereador Adail Júnior, defensor do ex-prefeito, posição que o colocou em lado oposto ao do deputado federal José Guimarães nos últimos dias.
Sobre a divisão, Acrisio criticou a tese de que a melhor candidatura do bloco seria o melhor posicionado nas pesquisas de intenção de voto. "Creio que, para o início do debate eleitoral, o recurso da pesquisa não deve ser o único método considerado. Se tivéssemos seguido, exclusivamente, essa orientação, não teríamos escolhido Camilo Santana e Roberto Cláudio — ambos iniciaram a campanha com menos de 5% das intenções de voto e foram vitoriosos", completou.