Weintraub acusa Bolsonaro de traição e ameaças, mas votará nele "por falta de alternativa"
Weintraub citou a Síndrome de Estocolmo, um fenômeno psicológico em que vítimas desenvolvem um relacionamento de lealdade e solidariedade com seu raptor, para se referir ao mandatárioEm live realizada neste domingo, 24, o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, acusou o presidente Jair Bolsonaro (PL), antigo aliado, de abandonar a pauta conservadora e se submeter a políticos do Centrão. Em transmissão no Youtube na página "Reação Conservadora", Abraham Weintraub esteve com o irmão dele, o ex-assessor Arthur Weintraub, e o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Abraham iniciou a fala reforçando ter sido "atacado, cassado, caluniado, e até ameaçado" pelo presidente da República. Ele mencionou também ser vítima de fake news sobre o processo eleitoral. "Estão construindo mentiras com base nas nossas falas, eu nunca disse que votaria em outro candidato que não fosse o Bolsonaro. A gente vai votar no Bolsonaro simplesmente por falta de alternativa", disse.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
O ex-ministro afirmou que o movimento conservador está sendo "destruído" na medida em que o presidente começou a se relacionar com gente do Centrão "com passado muito sujo" e que "contaminou a alma do governo". "O presidente Bolsonaro, infelizmente, desistiu de lutar contra o sistema.
"Eu estou pessimista. Quem anda com bando ou vira bandido ou vai ser estraçalhado, não tem saída. Às vezes é os dois. Passarinho que dorme com morcego acorda de ponta cabeça. Infelizmente a gente vê que o negócio está se deteriorando. O presidente Bolsonaro foi sequestrado? Foi. Está sendo chantageado? Acho que está sendo chantageado, sim, por esse pessoal com ameaças de prisão", disse Abraham.
O ex-aliado de Bolsonaro e agora pré-candidato ao governo de São Paulo disse ainda que o chefe do Executivo nacional mantém "submissão total" ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), e a alguns generais considerados por ele "péssimos para o país". Ele lembrou ainda do fracasso no processo de construção do Aliança Pelo Brasil e acusou o projeto de ser sabotado.
"Acho que sabotaram a Aliança. Não é possível tanta incompetência. O cara que teve 55 milhões de votos não consegue 500 mil assinaturas. O que aconteceu?", questionou Abraham.
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente