General Santos Cruz, ex-ministro de Bolsonaro, se dispõe a concorrer a presidente pelo Podemos
O general da reserva Carlos Alberto Santos Cruz disse que colocou seu nome à disposição do Podemos para ser candidato à Presidência. Apoiador da candidatura do ex-juiz Sérgio Moro, o general afirmou que a decisão de se apresentar à convenção do partido surgiu após Moro trocar o Podemos pelo União Brasil. "A convenção deve decidir a candidatura."
Santos Cruz afirmou ainda que, caso haja uma convergência entre os partidos de centro para o lançamento de uma candidatura única, ele apoiará o nome que for escolhido pela chamada terceira via. "A Renata Abreu (presidente do Podemos) tem, por enquanto, a ideia de uma candidatura própria. Eu coloco o meu nome à disposição do partido. Mas o partido tem de estar aberto para se unir ao centro, para quebrar a polarização entre Lula e Bolsonaro."
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O general afirmou que assume desde já o compromisso de propor o fim da reeleição para os cargos do Executivo e a ampliação do mandato presidencial para cinco anos. Além disso, ele disse querer o fim do foro privilegiado, reservando-o, no máximo, aos chefes dos três Poderes. "Essas duas medidas são minhas prioridades, aliadas ao combate à desigualdade."
A decisão de Santos Cruz de lançar seu nome à Presidência pode servir para dividir o eleitorado identificado com Moro e com os militares, que, segundo as pesquisas, havia migrado em parte de volta para Bolsonaro.
Santos Cruz comandou forças de paz no Haiti e no Congo. No governo de Michel Temer (MDB) ocupou a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
Ministro
Na campanha de 2018, o general apoiou Bolsonaro e fez críticas ao seu adversário Fernando Haddad (PT). Foi convidado para integrar o Ministério e chefiou a Secretaria de Governo no início da gestão.
Acabou se tornando alvo de Olavo de Carvalho e de Carlos Bolsonaro e foi demitido ainda em 2019. Aos poucos, passou à oposição ao governo.
Ao fazer seu anúncio, Santos Cruz escreveu um texto: "A solução é política! E é urgente!"
Para o general, "as forças políticas de centro precisam mostrar capacidade de apresentar à sociedade brasileira pelo menos mais uma opção viável, equilibrada, para a próxima disputa presidencial". "O Brasil não pode ficar com apenas duas candidaturas, extremamente polarizadas, que se alimentam mutuamente e que funcionam como cabos eleitorais recíprocos. O País precisa de mais opções."
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