Eduardo Bolsonaro ataca irmãos Weintraub por criticarem indulto a Daniel Silveira

Anteriormente, Arthur Weintraub havia afirmado que o perdão de Silveira criava "precedentes péssimos"

16:47 | Abr. 23, 2022

Por: Filipe Pereira
Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou o ex-assessor da Presidência Arthur Weintraub e o ex-ministro da Educação Abraham Weintraub. Os irmãos se posicionaram contra o indulto concedido ao deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão.

“São uns filhos de uma puta!”, escreveu o filho 03 do chefe do Executivo em seu perfil no Twitter. "A gente tá (na) guerra e o cara me falando em precedente, como se nunca um corrupto tivesse recebido indulto e agora o instrumento tenha sido utilizado para seu fim: soltar um inocente. E quem fala são os irmãos que saíram do país para se livrar desta perseguição. São uns filhos de uma puta! Desculpa, mas não há outra palavra", escreveu o deputado paulista. 

Já pode ir para o roda viva. pic.twitter.com/qNZ4n2mn6w

— Eduardo Bolsonaro (@BolsonaroSP) April 23, 2022

Anteriormente, Arthur Weintraub havia afirmado que o perdão de Silveira criava “precedentes péssimos”. “Depois você vai querer comparar o que aconteceu com o Daniel com um cara lá na frente que estiver condenado por corrupção, lavagem de dinheiro, falar ‘não, isso aqui também, já tem o precedente’. É impressionante, nunca pensei que ia ver uma coisa dessas.”, disse. 

O decreto do presidente Jair Bolsonaro com perdão ao deputado Daniel Silveira se tornou alvo de contestações no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional nesta sexta-feira, 22. Ministros da Corte discutem internamente como reagir ao desafio imposto pelo decreto.

Rede, Cidadania, PDT e PT ajuizaram ações, enquanto parlamentares de PSDB, MDB, Psol, PCdoB, também PT e Rede apresentaram Projetos de Decreto Legislativo (PDLs) para anular o ato de Bolsonaro. Foram nove PDLs — três no Senado e seis na Câmara.

Na Corte, a ministra Rosa Weber foi sorteada relatora.