Policial diz à CPI que saque de R$ 89 mil foi "precaução" e dinheiro foi usado por meses
O policial militar e ex-tesoureiro da Associação dos Profissionais de Segurança (APS) negou ter sacado dois cheques de R$ 25 mil apontados pela comissão
17:07 | Abr. 19, 2022
O policial militar e ex-tesoureiro da Associação dos Profissionais de Segurança (APS) Rêmulo Silva de Oliveira afirmou, nesta terça-feira, 19, durante depoimento na CPI do Motim, que a ordem de pagamento somando R$ 89 mil, assinadas em nome da APS nos dias anteriores ao início do motim, foi realizada por preocupação com a saída do vereador Sargento Reginauro (UB) da presidência da APS.
Durante depoimento, o depoente afirmou que os cheques foram dos últimos a serem assinados durante o tempo em que foi tesoureiro na associação e foi usado por um longo período.
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"Como foi visto, todo mês eu precisava realizar saques para resolver as questões internas e algumas externas. Quando o presidente Reginauro acenou que ia sair, eu fiquei preocupado, porque ia causar um problema em relação ao banco. Por quê? Porque quando ele ia sair, a gente passou por uma experiência de troca de nomes que demorava dois, três meses para ajustar. Na saída dele, eu fiquei preocupado de não conseguir fazer saque e não ter como fazer os pagamentos para pagar fornecedor", disse Rêmulo.
O depoente completou: "Então, em medida de precaução, eu realizei o preenchimento desses valores. Eu posso até estar enganado em razão do tempo, mas não teve mais saque a partir daí. A gente ficou utilizando esse dinheiro por um bom tempo".
Os deputados investigam se o militar sacou parte dos cheques investigados pela CPI. Questionado sobre o possível saque de dois cheques de R$ 25 mil apontados pela comissão , Rêmulo negou.
"Esse cheque foi preenchido e foi depositado na boca do caixa do Banco do Brasil. Eu nunca saquei dois valores de R$ 25 mil. Esses que o senhor está falando eu nunca saquei. Por favor. Então esses dois cheques de R$ 25 mil, eles nunca foram sacados. Esse cheque foi preenchido e foi depositado na conta do Banco do Brasil. Eu não saí com o dinheiro."