Relator da CPI diz que cheques assinados antes de motim não equivalem à média da associação

O relator da CPI do Motim, deputado estadual Elmano de Freitas (PT), aponta que os cheques assinados pelo vereador Sargento Reginauro Sousa (Pros) dias antes do motim da Polícia Militar em 2020 estão acima da média dos gastos da entidade.

Na semana passada, o colunista do O POVO, Carlos Mazza, revelou com exclusividade que Reginauro assinou, em 11 e 17 de fevereiro de 2020, dois cheques em nome da Associação dos Profissionais da Segurança (APS) somando cerca de R$ 89 mil. O cheque de maior valor, em R$ 49 mil, foi assinado por Reginauro em 17 de fevereiro, um dia antes de agentes amotinados ocuparem o antigo 18º Batalhão da Polícia Militar do Ceará, no bairro Antônio Bezerra, e declararem o início do movimento paredista.

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Os dois cheques foram sacados no mesmo dia e no mesmo horário, às 10h41min do dia 16 de março, cerca de duas semanas após o término da paralisação. A informação está em documentos requisitados pela CPI a instituições bancárias e que foram obtidos pela coluna.

Elmano apontou que, segundo o policial Cleyber Barbosa Araújo, atual presidente da APS e que depôs semana passada, a necessidade da associação para pequenos gastos em espécie era de cerca de R$ 5 mil mensais. Reginauro destacou a data dos saques, em 16 de março, duas semanas após o motim.

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