Bolsonaro comenta suspeitas no MEC: "Não tenho nada a ver com isso"
Nesta sexta-feira, 8, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou conseguido as assinaturas necessárias para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC)O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou as recentes denúncias de irregularidades na destinação de verbas do Ministério da Educação (MEC). Durante transmissão ao vivo nas redes sociais na quinta-feira, 7, Bolsonaro comentou o caso de verbas milionárias para kits de robótica a serem enviados a escolas com problemas de infraestrutura básica em Alagoas. O presidente disse que não tem “nada a ver com isso”.
“Kit robótica. Foram para municípios de alguns estados do Brasil (...) O dinheiro vai diretamente para o prefeito e o prefeito é que licita e compra esse material. Vai botar a culpa em mim? Suspeita de corrupção? Não tenho nada a ver com isso. O orçamento aqui, quem dá destino é o relator do orçamento. O cara mais poderoso do que eu”, afirmou.
É + que streaming. É arte, cultura e história.
Nesta semana, a Folha de S.Paulo divulgou que cidades de Alagoas com problemas de falta de salas de aula, computadores e até água encanada teriam recebido R$ 26 milhões em recursos para comprar os kits. A empresa contratada teria relação com aliados do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que é responsável pelo controle de parcela das chamadas emendas de relator, local de onde saíram os recursos para os kits.
Nesta sexta-feira, 8, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) informou ter conseguido as assinaturas necessárias para pedir a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC). A justificada é para averiguar eventuais irregularidades na destinação de “verbas públicas do MEC e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)”.
O pedido do senador ocorre na esteira de caso em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro teria priorizado a destinação de verbas para prefeituras ligadas a amigos de pastores evangélicos. Em áudio, Ribeiro diz ainda que a prática ocorreu após pedido der Bolsonaro.