Renato Roseno denuncia impactos sociais e ambientais de mineradora em Quiterianópolis

Até 2019, a mineradora acusada de contaminar o rio Poti foi autuada 14 vezes no Ceará por crimes contra o meio ambiente e práticas insustentáveis

O deputado estadual Renato Roseno (Psol) denunciou, nesta quarta-feira, 6, os impactos sofridos por comunidades do município de Quiterianópolis, causados pela mineradora Globest Participações Ltda, localizada próxima a Serra do Besouro. Em pronunciamento no plenário da Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE), o parlamentar afirmou que as atividades da mineradora de ferro, atualmente suspensas, causaram impactos sociais e ambientais às comunidades próximas.

O psolista lembrou que, após uma série de denúncias, a mineradora teve a licença de atuação suspensa. No entanto, com o retorno do período das chuvas no Ceará, partículas poluentes chegaram ao rio Poti, contaminando a água. “A realidade é que até hoje não temos nenhuma comprovação de que aquela mineradora cumpriu o plano de recuperação da área degradada”, disse Roseno. 

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O Poti é parte da geografia do Ceará e do Piauí. Da nascente, em Quiterianópolis, à foz, em Parnaíba, são 538 km de extensão. Sua bacia tem 52.370 km², sendo 13.573 km² no sertão cearense e 38.797 km² no semiárido piauiense. O rio está no mapa de 24 municípios dos dois estados.

Em 2019, nove anos depois da instalação da mina para exploração de minério de ferro em Quiterianópolis, no sertão dos Inhamuns, o rastro de prejuízos ambientais foi denunciado em pelo menos 12 autuações feitas pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) e duas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

De acordo com os documentos do Ibama, da Semace e de denúncias do Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM) e do Escritório Frei Tito de Direitos Humanos, comunidades da Serra do Besouro já estavam sendo atingidas por contaminação ainda não mensurada.

Em pronunciamento na AL-CE, Roseno disse que vem promovendo visitas à região para acompanhar a situação, realizando reuniões e audiências pública com as comunidades afetadas. Ele destacou ter levado as denúncias à Semace. 

“Atestamos o impacto sofrido na pecuária, no ressecamento do plantio, contaminação das águas do Rio Poti e no aparecimento de doenças dermatológicas e respiratórias na população, que teme um possível retorno das atividades da mineradora que causou tamanhos transtornos”, finalizou o deputado. 

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