Presidente da APS admite que associação pagou ônibus para manifestantes em atos de PMs
Em entrevista coletiva, o relator da CPI, Elmano de Freitas afirmou que a informação foi importante para o decorrer dos trabalhos do grupo. O presidente da associação defendeu a inexistência de qualquer tipo de ilegalidade na açãoO policial Cleyber Barbosa Araújo, presidente da Associação dos Profissionais de Segurança (APS), afirmou, durante depoimento na CPI do Motim, nesta terça-feira, 5, que a instituição pagou o transporte de ônibus para que seus associados participassem de encontros da categoria. A manifestação aconteceu quando o relator da comissão, deputado Elmano de Freitas (PT), indagou ao PM se ele teria mobilizado seus integrantes para participar de protestos e atos em 2020.
"A APS mobilizou para esses encontros, que vossa excelência chamou de encontro e eu chamei de protestos. A APS mobilizou para esses atos?", questionou Elmano. "Sim sim. Associados solicitaram contribuição da APS no sentido de estarem presentes na tramitação de uma mensagem do governo na assembleia?", respondeu Cleyber, ao receber outra pergunta do relator: "Não é essa mensagem. Eu quero saber se a APS mobilizou policiais para participar".
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"A APS, a pedido dos seus associados, pagou o transporte para eles estarem presentes na Assembleia Legislativa", disse o presidente da APS. Logo depois, Elmano reforçou. "Não entendi. Pagou o transporte? Pagou o transporte. Então vossa excelência disse que não tinha financiado nada. Vossa excelência acaba de dizer que a APS financiou o transporte de pessoas para estarem no ato na Assembleia?".
O PM defendeu: "Deputado, não houve paralisação nenhuma, nem paralisação de um encontro". Ao final, o deputado petista afirmou: "Teve um encontro na Assembleia de policiais certo? O ato que houve na Assembleia a APS financiou a passagem associada pra vir pra cá? Então ela financiou esse essa participação?", Cleyber reforçou que sim.
Em entrevista coletiva, o relator da CPI afirmou que a informação foi importante para o decorrer dos trabalhos do grupo. "Aqui o presidente da APS confirmou que pagava transporte para que policiais viessem as manifestações que deram nas greves e nos motivos. E portanto fica assumido por ele o entendimento dele”, disse Elmano.
O presidente da associação defendeu que a atitude é legal. "Não há nenhum tipo de ilegalidade e de desordem pública. A associação, a pedido dos associados, contribuiu para que eles pudessem se deslocar e vir até a Assembleia. Ali não foi nenhum protesto, foi um encontro. Havia uma pauta em discussão e já em votação aqui na Assembleia, uma pauta de interesse da categoria dos policiais militares, nossos associados, que era referente a reestruturação salarial, então devido a isso a associação ela pagou alguns ônibus e não há nem uma ilegalidade", afirmou Cleyber.
Com informações do repórter Vitor Magalhães
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