Sargento Reginauro acusa CPI de "palanque político" para atacar Wagner e aliados
O vereador criticou o tom dos questionamentos feito pelo relator da CPI, deputado Elmano de Freitas (PT), ao policial Cleyber Barbosa Araújo, presidente Associação dos Profissionais de Segurança (APS)
18:31 | Abr. 05, 2022
O vereador de Fortaleza, Sargento Reginauro (União Brasil), avaliou como "lamentável" a condução dos trabalhos da CPI do Motim, nesta terça-feira, 5. O parlamentar disse que a comissão "gasta seu tempo com uma CPI descabida, para investigar recursos privados e fazer palanque político para atacar o Capitão Wagner e seus aliados". Nesta quarta-feira, 6, ele foi chamado a comparecer na CPI na condição de convidado.
"É lamentável ver a Assembleia Legislativa do Ceará, que assiste silente centenas de cearenses perderem suas casas para facções criminosas, não enviar um requerimento ao Governo do Estado pedindo esclarecimentos sobre a compra de respiradores, realizada numa empresa de fachada pelo Consórcio Nordeste; não cobrar soluções sobre o escândalo do Acquário. Mas, essa mesma Assembleia, gasta seu tempo com uma CPI descabida, para investigar recursos privados e fazer palanque político para atacar o Capitão Wagner e seus aliados", disse o vereador, em nota.
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Reginauro criticou o tom dos questionamentos feito pelo relator do grupo, deputado Elmano de Freitas (PT), ao policial Cleyber Barbosa Araújo, presidente Associação dos Profissionais de Segurança (APS). "Alguém precisa lembrar ao relator dessa CPI que seu mandato não o confere o direito de cometer crime de calúnia. Vamos entrar com todas as medidas cabíveis para que o mesmo prove as graves acusações proferidas na manhã de hoje", concluiu.
Durante a manhã, o vereador foi acusado por Elmano de integrar "um braço político de um grupo político partidário", da qual integram Wagner, o deputado Soldado Noelio (União Brasil) e a APS. O petista mostrou uma série de slides para sugerir que a instituição de policiais, com apoio de políticos, possuem a prática de sacar dinheiro na boca do caixa e usar de empresas fantasmas para financiar os protestos que culminaram nos motins de PMs em 2020.
Por meio de nota, Wagner também reagiu às acusações. O presidente do União Brasil no Ceará e pré-candidato da oposição ao Governo do Estado destacou já ter trabalhado para evitar que a associação fosse utilizada para fins políticos. Ele disse não estranhar que "parte dos deputados da Casa estejam utilizando uma CPI para fins eleitorais, em razão do pleito que se aproxima".