Quem deve enfrentar Camilo Santana na disputa pelo Senado em 2022?

Embora a disputa ainda esteja sendo desenhada no Ceará, já há nomes sendo cotados para concorrer pela única vaga disponível em outubro

A confirmação de que o governador Camilo Santana (PT) deixará o Executivo até o próximo dia 2 de abril, dá robustez ao cenário no qual o petista será pré-candidato ao Senado pelo grupo governista nas eleições de outubro deste ano. Embora essa disputa específica ainda esteja sendo desenhada no Ceará, outros nomes já são cotados para concorrer contra ele pela única vaga à qual o Estado tem direito em 2022.

O Psol Ceará, por exemplo, trabalha com duas possibilidades para representar a legenda na corrida pelo Senado. O primeiro deles é Paulo Anacé, liderança indígena com bases em Caucaia. O segundo é Valdir Medeiros, sindicalista de Juazeiro do Norte, no Cariri. Apesar disso, a definição depende de articulações com a Rede Sustentabilidade, partido com o qual o Psol define, nacionalmente, uma federação.

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Ailton Lopes, dirigente do Psol-CE, pontuou que independentemente da homologação da federação, a Rede “não propõe um nome para o Senado no Ceará” e que o indicado deve sair dos quadros já apresentados. No entanto, ele destaca que a executiva estadual do partido “ainda não definiu data da reunião para discutir a questão”.

O vereador de Fortaleza Inspetor Alberto (Pros) também é cotado para disputar vaga no Senado em outubro. Ao O POVO, ele manifestou a intenção de lançar pré-candidatura à Casa, mas salientou que atualmente está “resolvendo a situação partidária”.

Alberto tenta superar questões legais para migrar para o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, e sinalizou que espera ter uma reunião com lideranças do partido nos próximos dias.

Outro nome que já foi cotado nos bastidores para a disputa é o da médica Mayra Pinheiro. Já filiada ao PL, ela deve disputar vaga no Legislativo, provavelmente para a Câmara dos Deputados. No ano passado, ela chegou a fazer uma enquete nas redes sociais questionando seguidores sobre a intenção de voto para o Senado. As opções postas eram ela mesma ou o senador Tasso Jereissati (PSDB), que não disputará cargo neste ano.

Mayra já foi candidata ao Senado na última eleição geral (2018). À época no PSDB, a médica obteve pouco mais de 880 mil votos. Neste ano, caso o vereador Inspetor Alberto confirme sua migração para o PL, é provável que ele postule a vaga de senador, enquanto Mayra será candidata a deputada federal.

Já o União Brasil, megapartido que surgiu da fusão entre DEM e do PSL, ainda não definiu candidato a senador no Ceará ou mesmo se apoiará um nome de outra legenda. Comandado pelo deputado federal e pré-candidato a governador Capitão Wagner e com o deputado federal Heitor Freire na vice-presidência estadual, a sigla concentra esforços em fechar suas chapas de deputados.

"O União Brasil está focado em montar as chapas para a Câmara e Assembleia. Os nomes para o pleito majoritário como Senado e vice(-governador) só serão definidos e anunciados mais próximos das convenções partidárias", pontuou o vice-presidente da sigla Heitor Freire ao O POVO.

Em 2018, quando duas vagas para senador estavam disponíveis, o Estado teve 11 candidatos competindo pela preferência do eleitorado. Neste ano, com apenas uma vaga disponível, o cenário ainda é um esboço e só deverá estar definido entre os meses de julho e agosto, época na qual ocorrem as convenções partidárias segundo calendário da Justiça Eleitoral.

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