Ciro chama Wagner de "capetão" e o compara a Bolsonaro: "Farinha do mesmo saco"
Presidenciável do PDT ainda acusou Wagner de ter criado um "partido político clandestino dentro da Polícia Militar" e voltou a dizer que o deputado liderou motins da PM
22:37 | Mar. 25, 2022
O presidenciável Ciro Gomes (PDT) usou o termo “capetão” para se referir ao deputado federal e pré-candidato ao Governo do Ceará, Capitão Wagner (União Brasil), durante conversa com a imprensa nesta sexta-feira, 25, em Fortaleza. Questionado sobre a aproximação entre Wagner e o presidente Jair Bolsonaro (PL), Ciro disse que os dois “são farinha do mesmo saco” e acusou o parlamentar de ter criado um “partido político clandestino dentro da Polícia Militar”.
“Qual é a obra do ‘capetão’ aqui no Ceará? Ele liderou dois motins em que 300 pessoas foram assassinadas numa noite. Essa é a obra dele, que se projeta porque fundou dentro da Polícia Militar do Ceará um partido político. E não por constrangimento ou coincidência, é contemporâneo ao fenômeno de milícias e facções criminosas a presença desse partido político clandestino dentro da Polícia Militar, que felizmente está acabando”, afirmou o pedetista.
As declarações do ex-ministro ocorreram minutos antes da solenidade de entrega da Medalha da Abolição – principal honraria concedida pelo Governo do Estado, que teve o seu irmão, o senador Cid Gomes (PDT), como uma das personalidades homenageadas neste ano. A cerimônia foi realizada no Palácio da Abolição e também teve caráter retroativo aos dois anos anteriores, em virtude da pandemia da Covid-19.
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Na conversa com a imprensa, Ciro também comentou o provável afastamento do governador Camilo Santana (PDT), que deve deixar o Governo até o dia 2 de abril para concorrer ao Senado nas eleições deste ano. “Daqui a sete dias [ele] será recrutado por nós para ser o senador que vai dar grande relevo à estratégia do Ceará no Senado”, disse.
Sobre a sucessão estadual, o pedetista ressaltou que o processo para a escolha do candidato governista será liderado por Camilo. “O PDT tem apresentado quatro personalidades que têm características complementares e que estarão coesas na definição, pelo povo, de quem vai ser o escolhido”, declarou. Ciro se referiu ao ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio, à vice-governadora Izolda Cela, ao presidente da Assembleia Legislativa Evandro Leitão e ao deputado federal Mauro Filho, nomes do partido que se postulam como pré-candidatos ao Governo.
Com informações do repórter Henrique Araújo