"Tudo é possível", mas "hoje não", diz Tasso sobre apoio a Lula e Alckmin

Senador ressaltou que PSDB tem candidato a presidente

17:04 | Mar. 21, 2022

Por: Carlos Holanda
FORTALEZA, CE, BRASIL, 21.03.2022: Chiquinho Feitosa assume o comando do PSDB. O evento aconteceu hoje na Assembleia Legislativa do Ceará, e teve a participação do atual presidente do partido, Luiz Pontes e do Senador Tasso Jereissati (Foto:Thais Mesquita/OPOVO) (foto: Thais Mesquita)

O senador Tasso Jereissati (PSDB) disse "hoje não" para a possibilidade de apoiar a chapa presidencial em vias de se formar, liderada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com Geraldo Alckmin (PSB) na vice. No entanto, o ex-governador do Ceará afirmou que, para derrotar o bolsonarismo, toda composição é possível.

"Não só para derrotar o bolsonarismo como para construir um momento de paz, de equilíbrio, de serenidade, sem ódio, sem radicalismo, todo esforço é possível e toda aliança é possível", ele afirmou. Como exemplo de que "tudo é possível" neste contexto, ele citou Alckmin como provável vice de Lula.

Questionado se a presença de Geraldo Alckmin na chapa de Lula atrairia o apoio de tucanos históricos, como ele e os ex-ministros Aloysio Nunes e José Serra, o empresário respondeu que "hoje não", pois o PSDB tem candidato a presidente, o atual governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

"Ele é o candidato do PSDB, estamos esperando que ele tenha condições de reagir agora que ele vai deixar o governo (de São Paulo)", afirmou sobre o correligionário, a quem não apoiou nas prévias tucanas.

O senador foi entusiasta de Eduardo Leite, o governador do Rio Grande do Sul que mediu forças com Doria nas primárias tucanas. Tasso, atualmente, não dá sinais de empolgação com uma candidatura Doria. Nos bastidores, a menção a ele é tida mais como gesto de fidelidade partidária do que crença de que a postulação do governador paulista vá prosperar eleitoralmente.  

Tasso esteve na Assembleia Legislativa do Ceará no início da tarde desta segunda-feira, 21, para ato de filiação de Chiquinho Feitosa, seu suplente no Senado Federal, que passa a comandar a legenda após Capitão Wagner vencer queda de braço pela direção do União Brasil (UB).