Psol-Ceará estuda candidatura do líder indígena e ativista LGBT Paulo Anacé para o Senado
Caso se consolide, será a primeira vez que um representante indígena concorrerá ao Senado Federal pelo Estado do Ceará
17:53 | Mar. 17, 2022
O diretório cearense do Psol já tem um nome para a disputa ao Senado: o líder indígena Paulo Anacé, de Caucaia. Caso se consolide, será a primeira vez que um representante indígena concorrerá ao Senado Federal pelo Estado do Ceará.
De acordo com a legenda, Paulo Anacé é militante do Psol, LGBTQIA+, ativista ambiental e atuante nas lutas pelos direitos indígenas, preservação do meio ambiente.
O pré-candidato é da região do Cauípe, que abrange o Complexo Industrial e Portuário do Pecém. Uma das pautas de sua agenda diz respeito a realidade das comunidades do entorno pressionadas "pelos interesses industriais".
"Paulo e os moradores da região, assim como todos os povos originários do Ceará, conhecem e vivem a realidade gerada pelas empresas presentes na região, que em nome de um modelo de desenvolvimento supostamente modernizante, destroem o meio ambiente ao mesmo tempo em que não ofertam empregos de qualidade para a comunidade", diz o partido em nota.
"A pré-candidatura pretende, ao mesmo tempo que se contrapõe aos desmandos autoritários do governo de Jair Bolsonaro, também questionar o modelo de desenvolvimento aplicado - por vezes de forma também autoritária contra setores importantes da população - pelo governo do Ceará há algumas décadas."
O Psol afirma se tratar de "uma pré-candidatura que pretende aliar as pautas indígenas e ambientais às questões trabalhistas, e junto com elas defender o combate a toda forma de opressão e exploração"
Ao governo do Estado, o nome da legenda é Adelita Monteira. A pré-candidata, que participou do programa Jogo Político do último dia 8, externou o desejo de ser a candidatura que dará palanque para o ex-presidente Lula (PT) aqui no Ceará.
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