Heitor Férrer diz não acreditar que Capitão Wagner apoiará Bolsonaro

No Ceará, o deputado estadual avaliou que o palanque do presidente Jair Bolsonaro será liderado pelo PL

19:32 | Mar. 15, 2022

Por: Filipe Pereira
Entrevista do deputado estadual Heitor Férrer (SD) ao programa Jogo Político (foto: O POVO)

O deputado estadual Heitor Férrer (SD) disse, nesta terça-feira, 15, não acreditar que o pré-candidato ao governo do Ceará, Capitão Wagner, deva apoiar a campanha de reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Ao programa Jogo Político, o parlamentar avaliou que o deputado federal deverá manter apoio ao futuro candidato do União Brasil à Presidência da República, legenda a qual o líder da oposição cearense deve liderar nos próximos meses.

"Eu não acredito. O União Brasil, e eu desejo que assim aconteça, deverá ter uma candidatura à Presidência da República. Por isso que eu acho que o União Brasil não apoiará, isso é 99,9%, o presidente da República Jair Bolsonaro", destacou Férrer. Segundo o deputado, Wagner será chancelado para o comando do União Brasil pelo deputado Luciano Bivar (PE), presidente da legenda e agora pré-candidato ao Palácio do Planalto pela sigla.

 

"Quem vai dar o União Brasil ao Wagner chama-se Bivar. Pode ser que mude de hoje para amanhã, mas tudo indica que vai ficar com o Wagner. Não é possível que o Bivar, candidato a presidente, o Wagner não vai apoiá-lo. Vai ser a expressão do partido nacionalmente e o partido vai exigir a fidelidade partidária", projetou Heitor.

Em dezembro de 2021, ao programa Jogo Político, Wagner afirmou que a tendência é de apoio à reeleição do presidente da República. Sobre sua estratégia, o parlamentar disse que procura formar uma frente de oposição no Ceará.

Para formar palanque no Ceará, Heitor Férrer destacou que Bolsonaro deve recorrer ao PL para montar suas bases eleitorais. Com a presidência do prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, a legenda, segundo Heitor, ainda deve oficializar um candidato próprio ao Palácio da Abolição.

"O PL deverá ter um candidato ao governo do Estado para que o presidente Bolsonaro tenha o seu palanque. Porque não é possível que um presidente da República não considere ter, no estado como o Ceará, tendo à frente do partido o Acilon, esse palanque para vir aqui pedir voto", disse Heitor Férrer.