Bolsonaro se irrita com pedido apoiador e ameaça abandonar cercadinho; veja vídeo

O chefe do Planalto manifestou incômodo com uma pergunta relacionada a um decreto sobre a Aeronáutica

15:47 | Mar. 14, 2022

Por: Filipe Pereira
Presidente Jair Bolsonaro (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou nesta segunda-feira 14, com um de seus apoiadores no conhecido cercadinho do Palácio da Alvorada. O incômodo foi manifestado quando um homem mencionou um decreto assinado pelo mandatário em dezembro de 2021 que criava a graduação de segundo sargento do Quadro Especial da Aeronáutica e reduzia de 20 para 15 anos o período necessário para um cabo ser promovido a essa equipe.

“Aquele decreto, em vez de 20 passa para 15 anos o interstício de cabo para sargento da Aeronáutica. Tem alguns meses, já”, disse o presidente a um apoiador. O bolsonarista chegou a afirmar que o decreto teria sido editado na última semana. Sobre sua demanda, o aliado do presidente disse ter “esperança” por se tratar de um “direito”.

“Rapaz, olha só, se você me disser quanto é o passivo que eu tenho que pagar para você. Eu, não, ele. Eu boto você para dentro agora. Quanto é o passivo? Quantos bilhões? E outra: vai botar vocês hoje para ir para a reserva no mês que vem?”, rebateu Bolsonaro. “O que eu posso, eu estou fazendo. Agora, não posso fazer loucura. Se é direito, entra na Justiça, não é comigo. Com todo o respeito a você", continuou.

 

Logo depois, o presidente ressaltou: “Peço que não venham aqui reivindicar coisas pessoais, porque daí eu vou acabar não parando mais aqui”.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) se irritou, nesta segunda-feira 14, com um de seus apoiadores no conhecido cercadinho do Palácio da Alvorada. Após ser questionado sobre um decreto assinado em dezembro de 2021, o mandatário ameaçou não conceder mais entrevistas ao seu público. pic.twitter.com/uCBZfqhU2p

— Jogo Político (@jogopolitico) March 14, 2022

No dia 2 de dezembro do ano passado, após a assinatura do decreto, a Força Aérea Brasileira chegou a emitir uma uma nota para declarar que “o ato não acarretará impacto orçamentário-financeiro para o corrente ano”. Para os anos seguintes, disse a FAB, “a questão será compensada pela redução dos efetivos das graduações de Cabo e de Soldado, tudo em observância à Lei de Responsabilidade Fiscal”.