Izolda questiona críticas à Segurança "com outras intenções" e cobra mais atuação do governo Bolsonaro

A vice-governadora participou nesta sexta-feira, 11, de um café da manhã na Vice-Governadoria, realizado pelo Lide Ceará

A vice-governadora Izolda Cela (PDT) se manifestou nesta sexta-feira, 11, sobre a atual situação da Segurança Pública no Ceará, tema que pautou o embate entre o governador Camilo Santana (PT) e o deputado federal Capitão Wagner (Pros), nesta quinta-feira, 10. Durante café da manhã na Vice-Governadoria, realizado pelo Lide Ceará, a pedetista disse aceitar críticas construtivas, mas avaliou que também existem ressalvas elaboradas “com outras intenções" direcionadas para o embate político.

"Eu acho que as críticas são absolutamente naturais e desejáveis, inclusive as que são construtivas e que vêm para ajudar a melhorar e corrigir rotas e tal quando é o caso. Agora, tem também as críticas que têm intenções, né? E que são críticas que fazem mais parte de um embate político, que também tem aí o seu lugar”, avaliou a vice-governadora. 

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Ainda sobre o tema, a pré-candidata ao governo estadual destacou a estratégia da gestão de combater as ações criminosas em duas perpectivas, uma com foco na implantação de políticas de prevenção e outra no fortalecimento das ações de repressão.

“Sejam essas políticas de base relacionadas à educação, à infância, à primeira infância ou à própria economia, para melhorar o ambiente para que as pessoas possam ter oportunidade de renda. Essas e outras tantas coisas que são muito importantes para fortalecer a sociedade, especialmente aquelas pessoas que têm mais dificuldade e com isso minimizar o risco e a exposição ao tráfico e às ações criminais”, avaliou Izolda.

A solução, no entanto, também necessita de mais atenção federal, avaliou Izolda. Desde sua eleição, em 2018, o combate ao crime e a elaboração de políticas para a Segurança Pública são tratadas como as principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seus apoiadores. No Ceará, o debate é puxado por Wagner, opositor da gestão estadual. 

“É muito desejável que o governo federal, por exemplo, assumisse o seu importante papel de coordenador de um sistema que precisa ser federativo, porque o tráfico, por exemplo, é uma competência, responsabilidade direta da Polícia Federal, para dar um exemplo, entre outras tantas coisas, o que seria desejável em termos de colaboração federativa", concluiu Izolda. 

Nesta quinta, durante evento no Palácio da Abolição, Camilo rebateu duramente as críticas feitas por Wagner sobre a Segurança Pública no Ceará. O petista afirmou que a única contribuição do adversário na área foi “fazer dois motins que prejudicaram a população do Ceará”. Em resposta, o deputado federal rebateu a manifestação nas redes sociais e em live realizada na noite do mesmo dia

Sobre a segurança pública, Izolda avaliou ainda que o tema deve ser amplamente debatido no âmbito eleitoral e avaliou que a questão deve ser amplamente trabalhada “sem passe de mágica”. "Todo mundo quer uma condição de vida mais segura, mais pacífica, né? Então, pra isso, é preciso trabalhar. Também não tem passe de mágica, não tem soluçãozinha mágica. Tem histórias aí que são muito inspiradoras, mas que nos colocam muito na realidade de que a coisa não se resolve com soluções fáceis”, disse. 

Durante café da manhã, a pré-candidata já foi tratada pelo presentes como atual governadora do Ceará. Ela deve substituir Camilo no Palácio da Abolição, em caso da desincompatibilização do petista de seu cargo para tentar vaga no Senado Federal nas eleições de outubro. 

Informações do repórter Vitor Magalhães

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