CPI do Motim retoma reuniões na próxima terça-feira, dia 15
Os requerimentos - para solicitação de informações ou depoimentos - que determinam a agenda dos dias devem ser apresentados até a data da primeira reuniãoRecomeçam na próxima terça-feira, 15, às 9 horas, as reuniões públicas da CPI do Motim, que investiga a participação das associações militares na paralisação de parte da PM não só em 2020, mas em 2012, no Ceará. O inquérito se desenrolará até junho de 2022, pelo menos, próximo ao início do período eleitoral. As atividades da CPI foram prorrogadas ainda no ano passado, considerando o recesso legislativo de dezembro.
O deputado estadual Salmito Filho (PDT), presidente do colegiado, afirma ao O POVO que conversas internas ocorreram nesse período. Ao longo dos trabalhos, ofícios já foram protocolados e estão relacionados a informações levantadas pela comissão investigadora ainda no ano passado.
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Os requerimentos - para solicitação de informações ou depoimentos - que determinam a agenda dos dias devem ser apresentados até a data da primeira reunião, projeta Salmito.
"O roteiro da CPI nessa segunda etapa será ouvir os depoimentos a partir das muitas informações que a CPI já recebeu", afirma o pedetista. Nestas "muitas informações" estão dados bancários e fiscais das entidades.
Um dos caminhos que a CPI quer perseguir é o das notas fiscais e recibos das entidades para a contratação de ônibus, gráficas e serviços de assessoria jurídicas. É uma maneira de elucidar se as associações usaram dinheiro para fazer política nessas ocasiões, segundo Romeu Aldigueri, autor do pedido.
A CPI foi instalada em 12 de agosto do ano passado, apenas três dias após reportagem do O POVO que revelou ordem da Justiça, a pedido do Ministério Público, para quebras de sigilo fiscal e bancários de pessoas físicas e jurídicas para apuração do motim de 2020. A intenção do MP é saber quem financiou o motim.
A proposta de Romeu Aldigueri para instauração da CPI estava parada na Casa, voltando a esquentar com a publicação da reportagem.