Camilo diz que única contribuição de Wagner para a segurança foi "fazer dois motins"
O governador sinalizou ainda que seria mais produtivo que as lideranças da oposição ajudassem a construir soluções para o problema
12:55 | Mar. 10, 2022
O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), rebateu duramente as críticas usuais feitas pelo deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado Capitão Wagner (Pros) sobre a Segurança Pública no Ceará. Nesta quinta-feira, 10, o petista afirmou que a única contribuição do opositor para a segurança do Estado foi “fazer dois motins que prejudicaram a população do Ceará”.
“Queria saber qual é a sugestão dele (Wagner) para a Segurança Pública? Algum de vocês sabe? A única contribuição que ele deu, ao longo desse tempo, para a segurança foi fazer dois motins que prejudicaram a população do Ceará. Se vocês, repórteres, disserem uma sugestão, uma, que ele deu para a segurança pública. Ninguém sabe”, disparou Santana, durante o lançamento do Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio), no Palácio da Abolição.
No final da tarde, sem mencionar nomes, Wagner usou as redes sociais para apresentar três propostas para o que chamou de #CearáSemMedo. "Soluções para um Ceará sem Medo: Dobrar o número de policiais nas ruas do Estado; Investimento pesado em inteligência; Plano de ação social nas áreas mais vulneráveis", escreveu.
Na foto da publicação, o parlamentar afirmou: "Em 2021 o Ceará, com 9 milhões de habitantes, teve 3.299 homicídios. O estado de São Paulo, com 44 milhões de habitantes, teve 2.847 homicídios. Entendeu o risco que corremos disso continuar?".
No início de fevereiro, o pré-candidato da oposição ao governo afirmou que, caso eleito, não irá delegar a responsabilidade de gestão da segurança e irá cuidar “pessoalmente” da gestão da área no Estado.
“A segurança pública do Ceará precisa ser priorizada pelos Gestores. No nosso governo não vou delegar a responsabilidade da segurança pra o vice, como tem sido feito ao longo de 16 anos: eu vou cuidar pessoalmente da segurança dos cearenses!”, afirmou, em mensagem divulgada nas redes sociais. Atualmente, a vice-governadora Izolda Cela (PDT) comanda o programa Pacto por um Ceará Pacífico.
Segundo Camilo, seria mais produtivo que as lideranças de oposição, como Wagner, ajudassem a construir soluções para o problema. "Ao invés de estarem fazendo apenas a retórica, poderiam estar ajudando a construir nessa área que ele diz ser um especialista. Qual a contribuição que ele tem dado nessa área como parlamentar? Não vou entrar no debate dele. A política se faz de forma coletiva, dialogando, contribuindo e é isso que estamos fazendo aqui”, reforçou.
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O governador desafiou ainda que apontassem um estado no País com mais investimentos públicos recentes nessa seara. “Desafio um estado hoje, no Brasil, que tenha maior número de investimento público na área da segurança pública e na área da prevenção”, disse. As declarações foram dadas durante o lançamento do Programa Integrado de Prevenção e Redução da Violência (PReVio), no Palácio da Abolição, em Fortaleza.
E seguiu: “É um desafio enorme, estamos agarrados 24 horas com o problema, mas não podemos admitir um discurso fácil e achando que vai resolver o problema com um passe de mágica, não vai. A solução se constrói com ações efetivas, como estamos procurando fazer coletivamente aqui no Estado do Ceará”, encerrou Camilo.
No Palácio da Abolição, também estive presente o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Evandro Leitão (PDT), além de uma comitiva de prefeitos, entre eles Vitor Valim (Pros), de Caucaia e Ivo Gomes (PDT), de Sobral. O evento também contou com a participação da presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira.
Com informações do repórter Filipe Pereira.