Professores de Barbalha discutem greve por atraso em reajuste salarial

Categoria do magistério do município denuncia o atraso de mais de dos meses para receber o reajuste salarial

Os professores do município de Barbalha podem deflagrar greve ainda nesta semana após o atraso para a implantação do novo piso do magistério, com ajuste de 33,24% determinado pelo governo federal. Há dois meses aguardando a oficialização do benefício, a categoria deliberou pelo envio de um ultimato à gestão do prefeito Guilherme Saraiva (PDT).

Também foi agendada, já para a sexta-feira, 11, uma nova assembleia que vai discutir a instalação de greve. A reunião deve acontecer às 9h, no Cineteatro Municipal.

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Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Barbalha (Sindmub), Marciano Santos, em entrevista à Rádio CBN Cariri, apesar de prometer o cumprimento do novo piso integral da categoria aos professores municipais de Barbalha, o Executivo ainda não encaminhou o projeto do aumento salarial para a Câmara Municipal da cidade. 

Até agora, a categoria foi contemplada com reajuste salarial de 11% concedido aos servidores públicos municipais, no início deste ano. "Esse foi o valor que foi colocado na folha de pagamento dos professores, restando ainda 22%, 24%, que é o valor que está faltando. Até o momento, o município não se manifestou em relação a isso", afirma o presidente sindical. Segundo ele, a categoria aguarda a efetivação de um diálogo permanente com a Prefeitura de Barbalha sobre o assunto.

"Na sexta-feira, o vice-prefeito Vevé Siqueira nos recebeu no gabinete durante um movimento em frente a prefeitura e disse que ia abrir um diálogo com as categorias. Ele disse que vai conversar com o prefeito para dar uma posição em relação a todas essas demandas das categorias e abrir a mesa permanente de negociação", informou Marciano. 

As pautas de negociações, contudo, vão além do reajuste salarial. O presidente do Sindmub afirma que o magistério quer garantir melhoria nas estruturas das escolas. "Algumas não estão com boas estruturas para iniciar o ano letivo", destacou. Outra questão é a denúncia sobre a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI's) nas instituições de ensino. "Alguns servidores reclamaram que não estava recebendo", disse Santos.

A última pauta é a mudança de nível dos professores. "A cada cinco anos, eles mudam de nível. O município também está negando isso. A gente está tendo recorrer à Justiça para o município cumprir", informou o presidente do sindicato. Segundo ele, mais de de 100 professores estão ainda com os pedidos sem ser atendidos. 

A reportagem procurou o prefeito de Barbalha para discutir a questão, mas não obteve resposta até o momento. 

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